5ª Semana Bibliocult movimenta o campus Itabaiana
Uma semana repleta de atividades culturais
Entre os dias 9 e 13 de maio, a 5ª Semana Bibliocult: cultura além da leitura permitiu aos alunos do campus e à comunidade do entorno o contato com diversas expressões culturais. O evento foi promovido pela Coordenadoria de 糵 do campus. O setor demonstra que o papel das bibliotecas vai muito além do empréstimo de livros e da oferta de bases de dados. Segundo Jeane Gomes, bibliotecária do campus, as bibliotecas devem despertar o gosto pela cultura geral por meio do acesso à informação e à literatura, mas também pela valorização das diversas manifestações artísticas.
Ao longo de cinco dias, foram realizados diversos eventos. A partir de segunda-feira, dia 09, a exposição Identidade e Sergipanidade, do pintor itabaianense Edson Lima, trouxe quadros de pintura que ficaram expostos na biblioteca. Na tarde de sexta-feira, dia 13, o pintor esteve no espaço para um bate-papo com estudantes e servidores. Na terça-feira, foi realizada uma oficina de xadrez, com o bibliotecário Maurício Júnior. Além de ensinar estratégias do jogo, Maurício abordou os benefícios do xadrez para a vida pessoal e o rendimento acadêmico. O minicurso on-line e presencial Elaboração de Resumo Expandido, com o professor doutor José Carlos Sales, da UFBA, encerrou o dia. Para o professor Aprígio Carneiro, “o minicurso contribuiu de forma significativa para um melhor esclarecimento sobre a escrita de trabalhos acadêmicos”. Sobre o evento híbrido, a auxiliar de biblioteca Anna Lívia Melo destacou que com “o aprendizado do período de ensino remoto, foi possível expandir o evento, realizar ações no espaço virtual e levar a Bibliocult do Campus Itabaiana até outros locais do país”.
O projeto 糵 pra quê? marcou a quarta-feira, dia 10, ao receber uma turma de estudantes de nível fundamental da Escola Municipal Benedito Figueiredo, acompanhados da professora e o diretor da instituição, o professor Marcos Barros. Houve exibição de um curta-metragem, seguido de reflexão, interação por meio dos jogos da ludoteca, Queimado Matemático e acesso à literatura infantojuvenil. Gonçalves Júnior, auxiliar de biblioteca, comentou que a aplicação do Queimado Matemático foi também uma oportunidade de realizar operações matemáticas básicas de forma lúdica, auxiliando na aprendizagem dos alunos visitantes.
Quinta-feira, dia 11, o Clube de Leitura Literatura em Foco recebeu três escritoras e um historiador. Os profissionais conversaram com o público sobre as suas experiências com a literatura e com a escrita de textos. As escritoras Inez Resende, Margarete Brito e Rosa Maria, assim como o historiador José de Almeida Bispo, procuraram despertar nos estudantes o apreço pela leitura como uma fonte de prazer e aprendizado para a vida.
Na tarde de quinta, o projeto Bibliocine recebeu a professora doutora Elza Ferreira Santos, do IFS, a cordelista Salete Nascimento, além do escritor Hélio Oliveira. A convite do agente de saúde Manoel Messias, um grupo de mulheres da comunidade participou da sessão de cinema com estudantes do campus. Após a exibição do curta-metragem Vida Maria, a professora Elza provocou reflexões sobre situações do cotidiano que tendem a desfavorecer a mulher em seus diversos papéis na sociedade. Após essa reflexão, o escritor Hélio Oliveira destacou que aos 84 anos de vida escreveu o livro Passo a passo dos caminhos que trilhei. Para finalizar o evento, a cordelista Salete Nascimento declamou cordéis com temas ligados aos direitos das mulheres.
O encerramento da Bibliocult ocorreu na sexta-feira, dia 13, com uma oficina de cordel. Estudantes puderam compreender a estrutura e um pouco da história do gênero literário. Manoela Gallotti, professora de Língua Portuguesa, que desenvolve estudos sobre literatura comparada, afirma que notou “o entusiasmo e o envolvimento dos participantes do evento em todas as ações voltadas para as produções artísticas e literárias que fazem parte da formação cultural e identitária do Estado de Sergipe”. Já Aline Ferreira da Silva, docente de Sociologia, acredita que a “proposta da Bibliocult congrega tudo aquilo que precisamos para a promoção de uma educação plural e significativa”.
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