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Astronomia e l铆ngua ind铆genas s茫o apresentadas durante evento comemorativo

Escrito por GERALDO BULHOES BITTENCOURT FILHO | Criado: Ter莽a, 28 de Mai de 2019, 10h25

Antes de nomes como Nicolau Cop茅rnico e Isaac Newton publicarem as teorias sobre a posi莽茫o da Terra no universo e da gravita莽茫o universal, respectivamente, os 铆ndios desenvolveram saberes ligados 脿 linguagem e 脿 f铆sica que os ajudaram na realiza莽茫o das atividades necess谩rias 脿 sua sobreviv锚ncia no tempo. A import芒ncia desses conhecimentos culturais foi destacada no Instituto Federal de Sergipe 鈥� Campus S茫o Crist贸v茫o, na 煤ltima quarta, 22 鈥� na oportunidade, foram realizadas a oficina Sater茅-Maw茅 em Libras e L铆ngua Portuguesa, que apresentou o minidicion谩rio tril铆ngue do autor Marlon Jorge Silva de Azevedo, e a oficina Astronomia Ind铆gena. As iniciativas aconteceram em alus茫o ao Dia do 脥ndio, celebrado no Brasil no dia 19 de abril.

脌 frente do evento de valoriza莽茫o da cultura ind铆gena estava a equipe multidisciplinar do projeto Cinema nas Aldeias Xavantes, que 茅 um programa da Funda莽茫o Nacional do 脥ndio (Funai) executado em parceria com o IFS. Na parte da manh茫, uma das oficinas abordou o minidicion谩rio Sater茅-Maw茅, que traz os principais verbetes falados pelos habitantes da regi茫o entre o baixo Tapaj贸s, o Madeira e o Amazonas, bem como os conceitos b谩sicos referentes ao idioma desses grupos. A oficina sobre o livro de verbetes foi apresentada em Libras e teve como facilitador o primeiro aluno surdo matriculado no Campus S茫o Crist贸v茫o, Marcos Daniel.

A a莽茫o inclusiva foi empreendida com o apoio do N煤cleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Espec铆ficas (Napne). Enquanto o aluno Marcos Daniel fazia a exposi莽茫o em Libras sobre o minidicion谩rio, a int茅rprete do Campus Socorro, Priscila Brito, traduzia para a l铆ngua portuguesa a palestra. 鈥淎 oficina foi bastante proveitosa, pois colocou um aluno surdo em posi莽茫o de destaque e de visibilidade, al茅m de possibilitar a sua integra莽茫o com a comunidade escolar鈥�, aponta Priscila. A ideia de aliar cultura ind铆gena e inclus茫o partiu de Lindamar Oliveira, docente da disciplina de Arte e Educa莽茫o do Campus S茫o Crist贸v茫o.

Astronomia

Se hoje os potentes computadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ajudam a produ莽茫o agr铆cola brasileira a prever com grande capacidade de acerto os per铆odos de estiagem e chuva abundantes, os 铆ndios precisaram desenvolver saberes que tinham esse mesmo objetivo quando a l芒mpada el茅trica, inven莽茫o que deu origem a qualquer possibilidade eletr么nica, sequer estava perto de ser criada por Thomas Edison. Para isso, eles interpretavam, por exemplo, as fases da lua para ajudar no processo do plantio, da pesca e da ca莽a e as constela莽玫es para antecipar se os dias seriam de seca ou n茫o 鈥� todo esse amplo conhecimento 茅 chamado de astronomia ind铆gena.

Segundo Ant么nio Jos茅, docente de f铆sica do Campus S茫o Crist贸v茫o e facilitador da oficina, apesar de existir muito o que aprender com os 铆ndios, a astronomia ind铆gena 茅 um campo pouco explorado. 鈥淎 oficina foi uma atividade muito rica, durante a qual discentes, professores e t茅cnico-administrativos tiveram a oportunidade de conhecer algumas constela莽玫es a olho nu e aprender no莽玫es de dire莽茫o e orienta莽茫o a partir delas. Al茅m disso, os participantes tamb茅m puderam, atrav茅s de um telesc贸pio montado por mim mesmo, observar a lua e o planeta J煤pter, com tr锚s de suas v谩rias luas, em aula realizada em um laborat贸rio dispon铆vel para todos: o c茅u鈥�, resume Ant么nio.