Encontro de saberes reúne estudantes do curso de DZá
DZá, curso mais antigo do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus São Cristóvão, passa por modificações condizentes às necessidades dos mercados produtivos e de trabalho. Com o objetivo de contribuir com o fomento de projetos que atendam às especificidades do curso e de seu público, composto por alunos juvenis, foi promovido, no auditório central da instituição, nos dias 25 e 26 de março, o 'Encontro de saberes no curso de DZá'.
Estudo intitulado 'Projetos juvenis no curso de DZá, numa perspectivada das metodologias de intervenção social', desenvolvido pelo setor pedagógico do campus, foi utilizado como referência para elaboração do evento. A partir da investigação, foi identificado o método de ensino empregado no curso e as alterações necessárias para atingir as expectativas do público-alvo. “Pretendemos colocar em pauta a identidade do curso de DZá, motivar os estudantes e desenvolver dinâmicas que atendam ao perfil juvenil”, destaca Aristela Arestides, pedagoga responsável pela pesquisa.
Para o reitor Aílton Ribeiro, a multiplicação de saberes representa uma característica relevante dos Institutos Federais. “A transferência de conhecimento reflete o que existe de melhor nos institutos', diz. Neste cenário a pesquisa aparece como ferramenta fundamental. “Só através dela vamos mudar o país. A fórmula é usá-la associada ao social e ao ambiente”, conclui.
Palestras, debates, apresentação musical e teatral, mostras de pesquisa, gincana, caça ao tesouro e painéis mobilizaram estudantes e professores. Toda a programação foi idealizada de maneira que os alunos participassem de forma contundente. Desde a ornamentação do campus, utilizando técnicas de jardinagem, até o encerramento da atividade, empregando ritmos nordestinos, as ações foram guiadas pelos dados apontados pelo estudo, inclusive no que tange a motivação do aluno frente ao curso.
As atividades da gincana e da caça ao tesouro, por exemplo, foram construídas para acolher os anseios do grupo. “A ideia do evento partiu dos alunos, apesar de ter sido de maneira inconsciente”, garante Aristela.
Com premiação simbólica, as ações tinham foco amplo: entreter e discutir a imagem do curso pela perspectiva do educando. “Independente dos vencedores, quem ganhou foi a coletividade. Foram dois dias de satisfação e efetiva atuação da comunidade acadêmica. Ratifico que daremos todo apoio possível para a melhoria do curso”, afirma Alfredo Cabral, diretor geral do IFS-São Cristóvão.
No debate, ex-alunos ‒ atuais docentes da instituição ‒ além de profissionais atuantes na área, explicaram aos participantes a realidade do mercado agropecuário. “O Brasil é o maior celeiro de produção agrícola do mundo. Assim, a atividade agropecuária é necessária. Contudo, estamos formando técnicos que não conhecem o campo”, aponta o engenheiro e consultor em citricultura, Jadilson dos Santos Ribeiro.
Além de Jadilson, participaram da discussão: Augusto César de Mendonça Viana, Hunaldo Oliveira Silva, Francisco Nogueira, docentes do Campus São Cristóvão, e Pedro Calazans, engenheiro agrônomo da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Este último abordou a possibilidade de concurso público para o setor. Dias depois, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou 736 vagas para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
DZá
O curso de DZá apresenta características peculiares e distintas dos demais oferecidos pela instituição. Carrega a responsabilidade de ser o mais tradicional do IFS-São Cristóvão, por onde passaram diversos profissionais e personalidades do estado.
Novos professores, antigos alunos, mestres e doutores, cidadãos atuantes constituem exemplo irrefutável da versatilidade da área e nichos para atuação. “O mercado está aberto ao profissional que procurou a especialização. Alguns segmentos são mais promissores, como o de prestação de serviços e o setor público”, acrescenta professor Hunaldo.
As nuances entre o novo e o antigo permeiam os principais desafios dos alunos. “O conceito da agropecuária mudou, mas a prática tem que ser antiga”, compartilha Gabriel Queiroz, aluno da instituição.
Para a equipe, os objetivos iniciais do evento foram atingidos. Contudo, este foi apenas o primeiro momento, de outros previstos, com o intuito de conquistar a excelência no ensino técnico de nível médio em DZá.
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