Projetos de Arquitetura e Engenharia atendem famílias de baixa renda
Movida pelo compromisso de mobilizar o conhecimento acadêmico para servir a sociedade, a equipe do Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia (Emae) do 糵- Campus âԳ apresentou os resultados alcançados entre maio de 2018 e janeiro de 2019. Nesse período, foram desenvolvidos 36 projetos na área de assistência técnica em habitação de interesse social, que beneficiaram dezenas de famílias de baixa renda do município.
A prestação de contas, intitulada II Momento do Emae, reuniu um público de cerca de 150 pessoas no auditório do campus, formado por docentes, alunos, gestores e comunidade externa beneficiada. Desde quando foi criado, em 2015, o projeto já atendeu 55 famílias. “O evento foi importante por fomentar a discussão da engenharia e arquitetura públicas para os estudantes de edificações e Engenharia Civil, principalmente”, ressaltou a professora Maria Simone Morais Soares, idealizadora e orientadora do escritório modelo.
O Emae nasceu com o intuito de contribuir com a transformação da realidade das cidades, o desenvolvimento social e a formação cidadã no campus; promover o direito à moradia à população de âԳ; fomentar a visão empreendedora e a atividade prática dos alunos; investir numa abordagem multidisciplinar e integradora. Os serviços ofertados vão desde reformas de edificações até o levantamento cadastral de imóveis e terrenos, assim como o levantamento topográfico para regularização fundiária, desmembramento e remembramento.
O evento aconteceu em quatro partes: abertura, apresentação dos resultados, entrega dos projetos aos beneficiados do Loteamento Vitória e o momento de confraternização com um coffee break. Participaram da solenidade o gerente de Ensino, Alessandro Viana Fontes, o coordenador da Coordenadoria de Pesquisa e Extensão (Copex), Raphael Pereira Oliveira, e os orientadores do escritório modelo, Maria Simone e Carlos Mariano Melo Júnior, além de estudantes, professores, servidores e convidados
Os resultados foram apresentados pelos orientadores em duas versões: o Emae, que recebe as demandas da comunidade no campus, e o Emae - Itinerante, que faz um levantamento dos bairros com mais problemas de habitação e a visitação in loco. Num primeiro momento, as visitas contemplaram 18 famílias do Loteamento Vitória, que receberam os projetos das mãos dos alunos bolsistas vinculados ao escritório modelo.
Para a bolsista Patrícia Campos de Souza, 22 anos, do curso de Engenharia Civil, é muito gratificante estar envolvida num projeto que auxilia pessoas de baixa renda. “Além disso, é um forma de aprendizado importante, por que vemos na prática os conceitos, cálculos e demais conteúdos do curso. Isso ajuda a melhorar nosso desempenho em sala de aula e nossa formação acadêmica. No meu caso, essa experiência vai servir até como estágio obrigatório”, afirmou.
A dona de casa Marivalda dos Santos Silva, 42 anos, foi uma das contempladas do Loteamento Vitória. “Eu já trabalhei na roça, mas não tenho mais saúde e estou desempregada. Não tinha condições de fazer a planta da minha casa. Graças a Deus o pessoal do 糵esteve aqui e fez minha planta. Fui muito bem atendida, me explicaram tudo direitinho e gostei bastante. Agora fica mais fácil para eu conseguir a escritura”, disse.
Sobre o Emae
Os projetos desenvolvidos visam garantir conforto térmico, acústico, lumínico e estético, com base na utilização dos recursos naturais de ventilação e insolação; e buscam soluções que usem o mínimo de recurso financeiro e reduzam ao máximo o consumo dos recursos naturais. Para ter acesso ao serviço é preciso passar por uma triagem realizada pela assistente social do campus.
Os interessados devem se dirigir ao 糵- âԳ nas segundas e quintas-feiras, no horário das 9h às 11h, e participar de uma entrevista. O critério exigido é possuir renda familiar de até três salários-mínimos, como prevê a lei para comprovação de baixa renda. O campus fica localizado na rua Café Filho, nº 260, bairro Cidade Nova, CEP: 49200-000.
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