糵promove Café literário para comemorar Dia da Consciência Negra
Programação contou com palestra, roda de capoeira e apresentação do grupo de poesia Integração, formado pelos alunos do curso de Eletrotécnica
Pelo segundo ano consecutivo a 糵 Gilberto Amado do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus âԳ promove o Café Literário para comemorar o Dia da Consciência Negra (21 de novembro). A programação contou com palestra, roda de capoeira e apresentação do grupo de poesia Integração, formado pelos alunos do 1o ano do curso de Eletrotécnica na modalidade Integrado.
Como ocorre desde a edição anterior, a organização escolheu a saudação a um orixá, ‘Ora Iê Iê Ô: mãe das águas doces e cristalinas olha por nós’, para ser o tema do evento. “Nossa intenção é tentar desmistificar a ideia de demonização que se tem em relação à religião de matriz africana. O orixá nada mais é do que o cultuar a um elemento da natureza. Para o Candomblé e a Umbanda, a mãe das águas doces, cristalinas e potáveis é Oxum, que representa fecundidade, fartura, ventre, vida”, explicou a coordenadora da biblioteca, Ingrid Fabiana de Jesus Silva.
Segundo Ingrid Silva, ao dar luz a essa temática o 糵cumpre e fortalece a lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas, e oportuniza a discussão de temas transversais como intolerância religiosa, discriminação e preconceito. O Café Literário pela Consciência Negra já integra o calendário de eventos do campus e em 2019 vai acontecer no início do mês de novembro. “Nossa pretensão é seguir abordando o tema do orixá para conscientizar, empoderar e contribuir com a formação dos alunos”, afirmou.
A programação foi encerrada pela palestra Os mistérios de Oxum, proferida pelo professor José Genivaldo Martires Yaô de Logunede, doutorando em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Antes, ocorreu a apresentação do projeto de capoeira Shalom e do grupo de poesia Integração, organizado pelo professor Tiago Barbosa. A edição do ano passado abordou o tema ‘Cosi cwé, cosi orixá: salve as folhas!’
Roda de conversa
A equipe da Coordenadoria de Assistência Estudantil (Coae) aproveitou a passagem do Dia da Consciência Negra para realizar uma roda de conversa sobre preconceito racial. Os alunos do curso de Engenharia Civil tiveram a oportunidade de dialogar com o professor Flávio Nascimento, mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), integrante da Direção Executiva do Sindicato dos Professores de Sergipe (Sintese) e militante antirracismo na União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro).
Sobre a data
O Dia da Consciência Negra passou a ser comemorado no Brasil a partir de 2003 para demarcar a luta dos afro-brasileiros contra o racismo e em defesa dos direitos humanos. A data refere-se à morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, o mais importante espaço de resistência e luta contra escravidão no país. O 21 de novembro foi durante 30 anos reivindicado pelo Movimento Negro para reverenciar essa história de luta, em contraposição ao 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura.
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