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REGIÃO SUL

Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia atende famílias de baixa renda

Escrito por CAROLE FERREIRA DA CRUZ | Criado: Segunda, 17 de Abril de 2017, 13h08 | Publicado: Segunda, 17 de Abril de 2017, 13h08 | Última atualização em Terça, 18 de Abril de 2017, 12h18

Projeto desenvolvido por professores do Campus âԳ presta assistência técnica gratuita para projetos e construções de habitação de interesse social

DSC 0278Está em pleno funcionamento o Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia (Emae) do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus âԳ. O objetivo é oferecer os conhecimentos dos professores e alunos do ramo da construção civil na prestação de assistência técnica pública e gratuita para projetos de habitação de interesse social que atendam às famílias de baixa renda do município.

Os serviços ofertados vão desde a elaboração de projetos e reformas de edificações, incluindo projetos complementares (elétrico, hidrossanitário e de estruturas), até o levantamento cadastral de imóveis e terrenos e o levantamento topográfico para regularização fundiária, desmembramento e remembramento. O público-alvo são as populações com rendimento familiar de até três salários-mínimos.

No momento, três famílias estão sendo atendidas e há mais dez na fila de espera. Mas, segundo o co-orientador do Emae, professor Matheus Conceição, a tendência é que a procura aumente significativamente com as parcerias institucionais que o 糵vem firmando. Até o momento, já são parceiros a Defensoria Pública e a Prefeitura de âԳ, que passaram a dispor de suporte técnico para que os casos encaminhados pelo poder público possam se adequar à legislação vigente.

Com a iniciativa de criar o escritório modelo todos ganham: os alunos, que têm a oportunidade de aprender na prática e melhorar sua formação; os professores, que exercem a profissão para além da docência; o instituto, que contribui com a sociedade; as famílias de baixa renda, que contam com serviços especializados de graça; e as instituições parceiras, que facilitam a vida da população e agilizam processos antes enviados a Aracaju.

DSC 0288“Tem sido muito gratificante para mim fazer parte do Emae. Além de prestar esse serviço à população de baixa renda, tem agregado muito conhecimento prático que será de grande valia no mercado de trabalho. Todos os envolvidos têm muito a ganhar”, afirmou o estudante do curso de Engenharia Civil, Kevin Azevedo Assunção, 21 anos, que é bolsista do projeto. A equipe é formada por mais quatro alunos voluntários, três professores e mais um assistente social.

Maria Domingas procurou a equipe do escritório modelo no início deste ano para que fosse realizado o levantamento cadastral da sua casa e, desse modo, conseguisse a escritura do imóvel. “Fui muito bem atendida e estou satisfeita demais. Os meninos vieram aqui, mediram tudo, foram atenciosos e já estão terminando a planta para que eu consiga vender minha casa. Estou precisando demais vendê-la e não teria condições de pagar por isso”, relatou.

DSC 0264De acordo com Matheus Conceição, os projetos desenvolvidos pelo Emae visam garantir o conforto térmico, acústico, lumínico e estético, com base na utilização dos recursos naturais de ventilação e insolação; e buscam soluções que usem o mínimo de recurso financeiro e reduzam ao máximo o consumo dos recursos naturais, com a adoção de materiais, processos e tecnologias sustentáveis. “Vale ressaltar que o projeto não tem fins lucrativos e não será doado material ou verba financeira para a construção”, lembrou.


Sobre o Emae

DSC 0297O Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia é um projeto de extensão desenvolvido pela professora Maria Simone Moraes Soares em 2015. A primeira fase correspondeu ao período de pré-incubação, até outubro de 2016, e a partir de 2017 iniciou a abertura à comunidade. O projeto foi aprovado no edital do Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária (Pibex) e garantiu os recursos (cerca de R$ 5 mil) para aquisição de materiais e equipamentos. O orientador do Emae é o professor Carlos Mariano, que conta com o apoio de mais três profissionais: os professores Matheus Conceição e Maria Simone e a assistente social Adriana Lisboa.

Para ter acesso ao serviço é preciso passar por uma triagem realizada pela assistente social do campus. Os interessados devem se dirigir ao 糵nas segundas e quintas-feiras, no horário das 9h às 11h, e participar de uma entrevista. O critério exigido é possuir renda familiar de até três salários-mínimos, como prevê a lei para comprovação de baixa renda. O Campus âԳ fica localizado na rua Café Filho, número 260, bairro Cidade Nova, CEP: 49200-000.

 

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