Servidor do Campus âԳ lança projeto AstroIFS
O Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus âԳ lançou o projeto AstroIFS, que nasceu com o objetivo difundir a astronomia no município com a realização de palestras, oficinas e observações astronômicas para alunos, servidores e comunidade do entorno. O lançamento ocorreu na noite do último dia 25 com a participação de estudantes da rede municipal e contou com o apoio da Sociedade de Estudos Astronômicos de Sergipe (Sease). Cerca de 150 pessoas participaram do evento.
Essa foi a segunda observação promovida no Campus âԳ. A primeira, realizada de forma experimental para sentir o interesse da comunidade pelo projeto e sondar como poderia ser melhor desenvolvido, ocorreu no dia 6 de março e possibilitou visualizar a lua, Júpiter e algumas constelações. Nessa edição, foi possível observar também Vênus, fazer astrofotografias por meio de uma câmera acoplada no telescópio e dispor de uma estrutura maior para o público em função dos equipamentos cedidos pela Sease.
Segundo o idealizador do AstroIFS, o assistente de aluno e geógrafo Guthierre Ferreira, a observação contou com três telescópios, uma luneta, dois binóculos e a participação de três integrantes da Sociedade de Estudos Astronômicos de Sergipe - Hellen Larissa (presidente), Lucy Santos e Jhullya Valões (sócias) -; dos estudantes da Escola Municipal Laura Cardoso Costa e dos cursos técnicos de Edificações e Eletrotécnica; além de professores e técnicos administrativos. Na ocasião, o público teve a oportunidade de fazer perguntas e obter mais informações sobre os planejas, os astros e o sistema solar.
De acordo com Guthierre Ferreira, o próximo passo agora é recrutar possíveis interessados no projeto e implantar o Clube de Astronomia do 糵– Campus âԳ. Para mobilizar os estudantes em torno da iniciativa, está programada para esta semana uma visita à Casa da Ciência e Tecnologia da Cidade de Aracaju (CCTECA) para que os alunos possam conhecer os equipamentos de eletrodinâmica, mecânica e o planetário. Também serão promovidas oficinas para a produção de lunetas, sistemas solares em 3D, foguetes e planisférios (uma espécie de mapa das estrelas).
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Estão sendo feitas ainda palestras com a comunidade estudantil para ampliar o número de adesões e a perspectiva é que as oficinas evoluam para a construção de equipamentos mais sofisticados, como espectógrafos (que ajudam a entender os espectros de luz emitidos pelos astros). “O evento foi um completo sucesso. Os alunos saíram da observação entusiasmados com o que foi visto. Demos um passo importante para capacitação de interessados na difusão do conhecimento científico e dos estudos astronômicos”, comemorou o idealizador do projeto.
Para Hellen Larissa, a experiência de observação feita em âԳ ampliou os horizontes e trouxe novas áreas de saber para os participantes. “O projeto Astro糵é uma oportunidade ímpar na divulgação científica, e, juntamente com a Sease, objetivamos o aprofundamento no ensino de ciências pelos jovens e a criação de grupos de pesquisas em cada cidade do estado de Sergipe. Almejamos que os jovens se interessem pela astronomia, que é ciência multidisciplinar que engloba todas as outras matérias. Esse projeto também será eficaz para os alunos do ensino médio que ainda não escolheram que carreira seguir”, ressaltou.
Os estudantes ficaram encantados com o que viram. “Achei muito interessante poder ver de perto os planetas. Antes eu só via aqueles pontinhos de luz das estrelas e do telescópio é tudo muito mais impressionante. O que mais me chamou a atenção foram os anéis de Júpiter, que são muito bonitos”, afirmou Josafá de Oliva Campos Cruz, 15 anos, aluno do curso de Eletrotécnica. Elianês Silva dos Santos, 19 anos, do curso de Edificações, ficou fascinada em poder visualizar cada detalhe da lua. “É de uma beleza imensa, encantadora”, disse.
O projeto AstroIFS, que engloba a difusão de conhecimentos nas áreas de física, matemática, geometria e astronomia básica, será submetido ao edital da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex) destinado aos técnicos administrativos. A proposta é realizar observações quinzenais, incluindo sessões voltadas só para os estudantes e outras específicas para a comunidade do entorno, além de palestras e oficinas. A iniciativa foi inspirada num projeto semelhante realizado pelo Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas (CEAAL).
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