Oficinas do projeto Astro糵envolvem alunos da rede pública
O projeto Astro糵do Instituo Federal de Sergipe (IFS) – Campus âԳ promoveu esta semana oficinas e observações astronômicas com 23 alunos da Escola Estadual Professor Gilson Amado. O objetivo é abrir as portas do campus para a comunidade externa por meio de atividades de extensão e difundir a astronomia do município. Além das oficinas, o projeto inclui a realização de palestras e visitas técnicas a espaços como à Casa da Ciência e Tecnologia da Cidade de Aracaju (CCTECA), envolvendo alunos, professores, servidores e comunidade do entorno.
Na última quarta, dia 22, os participantes receberam instruções básicas sobre astronomia e aprenderam a construir planisférios (uma espécie de mapa das estrelas), que foram usados para observar as constelações e o movimento delas no céu noturno. O planisfério também foi usado para que os estudantes localizassem a constelação de Lira, que possibilitou visualizar das suas casas a chuva de meteoros que ocorreu durante a noite. A atividade contou com o apoio de cinco monitores, que foram escolhidos em oficina realizada semana passada com os alunos dos cursos integrados do 糵(Edificações e Eletrotécnica).
Logo depois, na quinta, dia 23, os estudantes participaram da observação astronômica nas dependências do campus, que contou com três telescópios, uma luneta, dois binóculos e a participação de três integrantes da Sociedade de Estudos Astronômicos de Sergipe - Hellen Larissa (presidente), Lucy Santos e Jhullya Valões (sócias). Essa é a terceira observação realizada desde a criação do projeto, em março deste ano, sempre com intensa participação de servidores, professores e estudantes tanto da instituição quanto das escolas da rede pública.
Segundo o idealizador do AstroIFS, o assistente de aluno e geógrafo Guthierre Ferreira, a perspectiva é que as oficinas evoluam para a montagem de lunetas, sistemas solares em 3D, foguetes, planisférios e para a construção de equipamentos mais sofisticados, como espectógrafos (que ajudam a entender os espectros de luz emitidos pelos astros). O próximo passo do projeto é conseguir recrutar mais participantes e implantar o Clube de Astronomia do 糵– Campus âԳ.
“Temos percebido um crescente interesse dos alunos, acima das nossas expectativas iniciais. Se antes era notória a empolgação deles, essa empolgação se materializa com a intensa participação nas oficinas e nas demais atividades do projeto”, comemorou Guthierre, que tem sido procurado por outras escolas do município – o que demonstra como as atividades de extensão conseguem envolver a comunidade externa. No mês de maio, estão programadas novas oficinas e observações astronômicas nas dependências do campus.
O garoto Cosme Marllon Conceição Santos, 12 anos, da Escola Estadual Professor Gilson Amado, manteve os olhos atentos e curiosos durante toda a explanação que culminou com a construção do planisfério. “Foi muito bom saber mais sobre os planetas, conhecer as estrelas, saber por que a terra gira. Fiquei com muita curiosidade por que eu nunca vi um telescópio antes e nem aprendi nada assim. Também gostei muito do IFS. É uma escola grande e tenho vontade de estudar um dia aqui”, afirmou.
A professora Georgia Oliveira Costa Lins, que acompanhou a turma durante a atividade, considera fundamental que instituições federais de ensino procurem se aproximar da comunidade para que cumpram seu papel de promover a inclusão. “O projeto casou com os conteúdos que vínhamos trabalhando em sala de aula e então nos disponibilizamos a participar. Como um dos pilares do 糵e da UFS é a extensão, considero importante fazer esse repasse à comunidade. Os estudantes estão tendo a oportunidade de acessar informações e materiais diferentes do que têm na escola e de se aproximar de um espaço que parecia inatingível para eles”, avaliou.
O projeto AstroIFS, que engloba a difusão de conhecimentos nas áreas de física, matemática, geometria e astronomia básica, será submetido ao edital da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex) destinado aos técnicos administrativos. A proposta é realizar observações quinzenais, incluindo sessões voltadas só para os estudantes e outras específicas para a comunidade do entorno, além de palestras e oficinas. A iniciativa foi inspirada num projeto semelhante realizado pelo Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas (CEAAL).
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