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Campus 贰蝉迟芒苍肠颈补 abre mostra de cinema sobre a Ditadura Militar

Criado: Quinta, 16 de Novembro de 2023, 12h52 | Publicado: Quinta, 16 de Novembro de 2023, 12h52 | 脷ltima atualiza莽茫o em Quinta, 16 de Novembro de 2023, 13h40

*Por Carole Ferreira da Cruz

A II edi莽茫o da mostra de cinema sobre a Ditadura Militar do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus 贰蝉迟芒苍肠颈补 foi aberta nesta quinta, dia 16, e vai se estender ao longo das pr贸ximas quatro semanas. O objetivo 茅 conhecer e discutir o contexto pol铆tico, econ么mico, social e cultural do regime ditatorial no Brasil por meio dos filmes produzidos durante e ap贸s o per铆odo de 1964-1984. O evento 茅 uma realiza莽茫o do Laborat贸rio de Hist贸ria (LabHist) e da coordena莽茫o das Disciplinas do N煤cleo B谩sico.  

Este ano a perspectiva interdisciplinar acabou sendo ampliada para dialogar com o Novembro Negro do IFS, projeto realizado pelo N煤cleo de Estudos Afro-brasileiro e Ind铆genas (NEABI). Sendo assim, foi proposto um debate sobre a participa莽茫o da comunidade e do movimento negro no processo de combate 脿 ditadura militar brasileira, de modo a aprofundar os olhares para o entendimento sobre o papel dessa parcela expressiva da popula莽茫o na mobiliza莽茫o popular e na diversifica莽茫o e representatividade da resist锚ncia ao regime.

A abertura do projeto ocorreu paralelamente 脿 mostra de cinema no Audit贸rio do Centro de 笔贸蝉-骋谤补诲耻补莽茫辞 do IFS. O Novembro Negro se  prop玫e a contribuir com a promo莽茫o da conscientiza莽茫o e reflex茫o sobre as quest玫es raciais, o combate ao preconceito e 脿s desigualdades, bem como a implementa莽茫o de uma educa莽茫o para as rela莽玫es 茅tnico-raciais. 鈥淓ssas s茫o a莽玫es importantes e urgentes na atual realidade educacional e social brasileira鈥�, enfatizou o professor do Campus 贰蝉迟芒苍肠颈补, Alexandre Santos de Oliveira, coordenador do NEABI.

Segundo Alexandre Oliveira, 2023 marca os 20 anos de promulga莽茫o da Lei 10.639/2003 que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino da hist贸ria e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. 鈥淥 projeto e a mostra se alinham com essa legisla莽茫o e contribuem para o fortalecimento das pol铆ticas de a莽茫o afirmativa e para a promo莽茫o da equidade racial e do enfrentamento das quest玫es raciais a partir da raiz, de modo a desconstruir  estere贸tipos, promover o respeito 脿 diversidade e o reconhecimento da contribui莽茫o hist贸rica e cultural dos afrodescendentes para o Brasil 鈥�, destacou.

De acordo com a professora de portugu锚s, Alci Neves, da comiss茫o organizadora da mostra, a inser莽茫o da tem谩tica "O papel do movimento negro no combate ao regime鈥� foi mais que oportuna. "Ficamos muito felizes com a participa莽茫o dos alunos e com as in煤meras discuss玫es suscitadas pela exibi莽茫o do filme Zuzu Angel. Acredito fortemente que somente atrav茅s do exerc铆cio do olhar e do debate 茅 poss铆vel desenvolver o pensamento cr铆tico", avaliou. 

Os alunos dos cursos t茅cnicos integrados ao ensino m茅dio participaram ativamente do debate ap贸s a exibi莽茫o dos filmes e interagiram ainda no canal do Instagram do LabHist, onde est茫o sendo publicadas quest玫es sobre a Ditadura Militar e conte煤dos produzidos na edi莽茫o do ano passado. Ao final da mostra, as turmas dever茫o apresentar um v铆deo sobre a tem谩tica a partir de uma abordagem que integre as diversas disciplinas envolvidas, que v茫o de l铆ngua portuguesa e arte, passando por sociologia, f铆sica e matem谩tica.

Reflex玫es importantes

Para Evelyn Thais Santos Alves Barbosa, 19 anos, do curso de Eletrot茅cnica, esse tipo de atividade interdisciplinar contribui para um aprendizado mais alinhado 脿 realidade pol铆tico-social que foi decisiva para produzir o Brasil da atualidade. 鈥淎 gente teve a chance de usar o cinema para olhar o nosso passado, entender o que aconteceu e tentar solucionar o presente, ou seja, buscar os caminhos para construir um pa铆s melhor, com mais justi莽a, igualdade e prosperidade para todos鈥�, destacou.

Aluno do curso de Edifica莽玫es, Klayverton Ricardo Almeida, 18 anos, aproveitou o debate para fazer uma importante reflex茫o sobre a liberdade de express茫o e informa莽茫o, que 茅 um dos pilares da democracia. 鈥淪e mesmo hoje com um maior acesso 脿s m铆dias sociais n贸s somos v铆timas de manipula莽玫es, proibi莽玫es e censuras, imagine no per铆odo da ditadura militar. Muito da nossa hist贸ria nunca foi contada justamente por essa falta de liberdade, por todo esse silenciamento鈥�, opinou.  

Consci锚ncia negra

O projeto Novembro Negro tem como marco o Dia da Consci锚ncia Negra, celebrado no dia 20 de novembro para ressaltar a import芒ncia da luta e da resist锚ncia do povo negro no Brasil. A partir de a莽玫es como palestras, mostras de cinema e demais espa莽os de forma莽茫o continuada e promo莽茫o da inclus茫o de conte煤dos relacionados 脿 hist贸ria e cultura afro-brasileira e africana no curr铆culo, o 电车无码busca capacitar os estudantes e a comunidade escolar a se tornarem cidad茫os mais conscientes e cr铆ticos, capazes de analisar, compreender e atuar na sociedade de forma a promover a igualdade racial, a justi莽a social e a inclus茫o cidad茫.

A ideia de dialogar com a quest茫o racial surgiu da professora Lorena Campello, coordenadora do Laborat贸rio de Hist贸ria. "Estou na comiss茫o do Novembro Negro e na pesquisa hist贸rica j谩 temos muita imers茫o em fontes e no debate sobre a participa莽茫o da comunidade e do movimento negro no processo de combate 脿 ditadura militar brasileira. A partir dessa base documental e das discuss玫es no 芒mbito do LabHist, decidimos fazer a proposta da amplia莽茫o do tema Ditadura Militar no BrasilL e inserir uma tem谩tica que somasse com a discuss茫o posta pelo movimento da consci锚ncia negra", explicou.