Projeto LudoHist desenvolve jogos sobre conteúdos de História
Iniciativa do Campus âԳ estimula habilidades úteis ao aprendizado de forma leve, criativa e inovadora
*Por Carole Ferreira da Cruz
Fomentar estados brincantes nos estudantes que possibilitem benefícios cognitivos e sociais para estimular habilidades úteis ao aprendizado de forma leve, criativa e inovadora. Esse é o objetivo do projeto de pesquisa LudoHist do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus âԳ, um desdobramento do ‘Laboratório de História (LabHist): experiências pedagógicas criativas e encantadoras’ que busca fomentar o desenvolvimento de jogos físicos a partir de conteúdos e temáticas concernentes à área da História e possíveis vieses interdisciplinares.
Até o momento já foram criados quatro jogos de cartas e cartões com os temas História pré-literária, Idade Média, Iluminismo, Renascimento e Revolução Científica e há mais dois jogos de tabuleiro em desenvolvimento. O material é concebido e produzido pela coordenação do projeto, a cargo da professora Lorena Campello, juntamente com os alunos bolsistas, e será patenteado com o auxílio da Diretoria de Inovação e Empreendedorismo (Dinove) do IFS. A elaboração é feita com base em metodologias de ensino específicas, objetivos pedagógicos bem definidos e design exclusivo.
Segundo Lorena Campello, os jogos elaborados e aplicados visam o brincar orientado e autodirigido, de modo a estimular o poder educativo, assim como o reaprender a controlar questões emergentes e resolver problemas que surgem, de forma criativa, coletiva e efetiva. “Abordamos conteúdos e temas da História Geral, do Brasil e de Sergipe na construção de jogos físicos, suas regras e usabilidades em sala de aula. Após a elaboração dos jogos, estes são materializados e aplicados em sala de aula, possibilitando observações, alterações e novas sugestões de aplicabilidade”, explicou.
Feedback dos alunos
O projeto prevê uma série de atividades, como a sondagem feita com amostragem de 166 alunos do Campus âԳ sobre as preferências e a aplicação dos jogos físicos, incluindo o formulário com sobre a experiência. As etapas já em andamento são a impressão de dois jogos desenvolvidos e aprimorados com seus respectivos livros de regras, o processo de patenteamento e a análise dos feedbacks da comunidade estudantil. Ao jogar e aprender de forma lúdica, os estudantes passam a ser atores centrais no processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento dos jogos.
Os bolsistas participantes do projeto estão empolgados com tudo que têm vivenciado e produzido. “A experiência tem sido maravilhosa. Estou descobrindo talentos que eu nem sabia que tinha. O que me deixou mais curiosa e animada foi a ideia da junção perfeita do aprendizado com uma maneira mais descontraída de abordar os assuntos históricos. Nunca achei que isso aconteceria no ensino médio”, destacou Sabrina Azevedo Menezes, 18 anos, do curso técnico integrado de Sistemas de Energias Renováveis.
A diversidade de oportunidades de criar, aprender e se desenvolver é um dos aspectos que mais tem motivado os participantes. “A minha presença no LudoHist está sendo prazerosa. Estou gostando muito de participar e esse é um dos melhores projetos que já me envolvi. O que mais me chama atenção é a variedade de coisas que fazemos. A se envolve com diferentes jogos e sempre tem tarefas novas, desafiadoras, nunca fazemos a mesma coisa, e isso é um atrativo a mais para mim”, enfatizou Carlos Manoel Batista Cristo, 17 anos, do curso Sistemas de Energias Renováveis.
O LudoHist foi aprovado no edital CNPQ EM e é resultado direto do conhecimento acumulado no LabHist, coordenado também pela professora Lorena. “É resultante do processo criativo e de criação de núcleos no Laboratório de História. Chegamos a desenvolver um jogo e aplicar em três turmas de um mesmo ano. Foi super divertido e ajudou muito no processo de aprendizagem. Quando apareceu a oportunidade de submeter mais um projeto em edital, logo vi o potencial de transformar o núcleo em projeto específico, institucionalizado e com bolsistas remunerados”, relatou.
Sobre o LabHist
O LabHist nasceu em 2019 com o objetivo de desenvolver experiências e metodologias ativas de ensino-aprendizagem a partir do uso de fontes históricas e do protagonismo estudantil. A iniciativa dialoga com outras áreas do conhecimento e se apropria de mídias como o instagram (@projetolabhist) de forma lúdica e criativa. A rede de parceiros abrange alunos bolsistas e voluntários, Memorial do IFS, Centro de Pesquisa Documentação e Memória do Colégio de Aplicação (Cemdap), Arquivo Público de Sergipe e grupos de pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Redes Sociais