Transparência marca tradicional prestação de contas do Campus âԳ
Iniciativa realizada desde 2018 busca envolver a comunidade nos processos de decisão e na melhoria do ensino
Por Carole Ferreira da Cruz
Nesta edição da tradicional prestação de contas, a Direção Geral do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus âԳ adotou a estratégia de realizar um ciclo de reuniões com grupos temáticos ao invés de um momento único com toda a comunidade. O objetivo foi promover a transparência, a gestão democrática e cumprir as metas do Plano Anual de Trabalho (PAT) relativas às boas práticas de governança, abordar temáticas específicas de interesse comum e estreitar o diálogo com os servidores e alunos.
O ciclo de reuniões começou no dia 1 de abril com os professores durante a Jornada Pedagógica na retomada das aulas presenciais e foi encerrado no dia 11 de maio com as turmas do curso técnico de Edificações integrado ao ensino médio. Também participaram da apresentação os servidores do quadro técnico administrativo, os estudantes dos cursos subsequentes e integrados e os universitários do curso de Engenharia Civil.
Iniciada em 2018, a prestação de contas do Campus âԳ busca esclarecer como funciona o orçamento público e os desafios de gerir uma instituição com poucos recursos, promover a transparência e construir uma gestão participativa. “Sempre procuramos envolver os estudantes e servidores nos processos de decisão e na construção de uma instituição cada vez melhor, que favoreça uma educação transformadora, inclusiva e de excelência”, destacou a diretora Sônia Pinto de Albuquerque Melo.
Limitação dos recursos
Em 2021 o campus recebeu R$ 1.485.207,22 de recursos de custeio, que incluem insumos como água e luz, além de contratos como o de vigilância e de limpeza, e mais R$ 332.700 destinados a assistência estudantil. O volume de recursos foi menor em relação aos anos anteriores em função da redução de gastos ocasionada pela suspensão das aulas presenciais durante a fase inicial da pandemia de Covid-19.
Mesmo com o orçamento reduzido, todos os contratos foram honrados e alguns investimentos viabilizados, a exemplo da pintura e da capinação do prédio do campus e da aquisição de materiais de consumo e de computadores. Foram realizados dezenas de processos de contratação de profissionais para a equipe do Núcleos de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) e de professores efetivos e substitutos para áreas diversas.
Também foram realizados editais de monitoria para os estudantes em todas as modalidades de ensino, que garantiram 31 bolsas para monitores em 22 disciplinas. Para o próximo semestre está prevista a publicação de mais dois editais, sendo um para as disciplinas dos cursos técnicos integrados ao ensino médio e o outro para as disciplinas dos cursos subsequentes e de graduação, destinados a quem já concluiu o ensino médio.
Boa avaliação
A prática da transparência e da gestão democrática é bem avaliada pela comunidade acadêmica. “É válido mostrar o que estão fazendo com o dinheiro público para beneficiar o 糵e os alunos, de modo a permitir que a gente fique sabendo o que está acontecendo e como podemos contribuir. Eu me senti valorizada e respeitada como cidadã”, reconheceu Alice Santos Batista, 16 anos, do curso integrado de Edificações.
Para a coordenadora de Manutenção e Transporte, Suellen Karolyne Fernandes Ferro, é fundamental a gestão ter como prática valorizar a transparência e esclarecer quais as dificuldades durante os trâmites para realizar benfeitorias no campus. “Ao explicar a nossa rotina de trabalho e as questões que dificultam a aquisição de produtos e serviços, temos a oportunidade de buscar juntos alternativas para superar os desafios e presentar um serviço cada vez melhor à comunidade”, ponderou.
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