Egressa é aprovada em dois programas de Doutorado
Estudo analisará as políticas de permanência, programas e serviços de inclusão e êxito de discentes que ingressaram por cotas sociorraciais nos Institutos Federais do Nordeste
Por Francielle Oliveira | com supervisão profissional de Marineide Bonfim
A ex-aluna do mestrado profissional em Educação Profissional e Tecnológica do 糵Campus Aracaju, Raquel de Oliveira Mendes, foi aprovada em dois programas de Doutorados, sendo um na Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Doutorado em Estudos Urbanos e Regionais e outro Doutorado em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC Paulista. A pesquisa aprovada nos dois programas trata-se de uma continuidade da análise de mestrado, onde a egressa se aprofundou no processo de acesso, permanência e êxito dos estudantes negros do 糵campus Aracaju e elaborou, como produto educacional, o documentário intitulado “Entrada de Cor” abordando o assunto, com estudantes cotistas do instituto.
O objetivo a partir de agora será analisar as políticas de permanência, programas e serviços de inclusão e êxito de discentes que ingressaram por cotas sociorraciais nos onze Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs) do Nordeste, “Geralmente os estudantes que adentram por cotas, não recebem nenhuma garantia de permanência sobre essa perspectiva, esse problema que me motiva a realizar essa tese de caracterização, já que não existe nenhum estudo nesse sentido, o que irá viabilizar outros estudos similares, pra mim essa é a maior contribuição” conta Raquel.
O enfoque na região do nordeste brasileiro se deu devido aos dados recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), onde apontam que no primeiro trimestre de 2020, essa região concentra o maior número de pardos e pretos do país, quando comparada com as demais. Espera-se ainda que os resultados desse estudo possam contribuir para a identificação, caracterização e compreensão dos possíveis mecanismos geradores das desigualdades raciais e étnicas no âmbito da educação, sobretudo, da Educação Profissional e Tecnológica.
Raquel ainda não decidiu em qual instituição de ensino estudar. “A princípio tudo está contribuindo para que eu adentre a Universidade Federal do ABC Paulista, pois é o programa que mais se encaixa na minha realidade, mas nada definido”, explica ela.
Entrada de Cor
Com orientação do professor Rodrigo Bozi, o estudo e documentário foram produzidos também com o intuito de envolver os alunos na sua produção, “Como trabalhava com público jovem, comecei a pensar em algo em que pudéssemos envolve-los, para obter um retorno de aprendizado para os mesmos, pensei no documentário, para que durante o processo, funcionasse como oficina de audiovisual”, explica a assistente social.
Ainda segundo Raquel, o filme discute, junto aos estudantes cotistas sociorraciais, o tema da diversidade, enfocando o debate étnico-racial no IFS. Ela ressalta o apoio da Direção-geral do campus Aracaju, Diretoria de Educação a Distância (EaD) e a parceria de produção com os coletivos Sala de Reboco e Nós Negros, da Universidade Federal de Sergipe.
O documentário está disponível para quem quiser acessar na Plataforma Educapes, que é o repositório oficial do Programa de ó-Ұܲçã em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT.
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