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Documentário debate entrada, permanência e êxito do aluno cotista no campus Aracaju

Escrito por MARINEIDE BONFIM BASTOS | Criado: Segunda, 01 de Julho de 2019, 12h30 | Publicado: Segunda, 01 de Julho de 2019, 12h30 | Última atualização em Segunda, 01 de Julho de 2019, 14h42

Com participação de estudantes, o filme foi exibido nos dias 12 e 13 de junho em uma roda de conversa

IMG 20190611 203140 331 800pxA entrada, permanência e êxito do aluno cotista no campus Aracaju do Instituto Federal de Sergipe motivaram Raquel de Oliveira Mendes, aluna do curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica do IFS, a produzir um documentário que traz respostas a problemas sentidos por estudantes que ingressaram na instituição por cotas sociais e raciais.

O filme recebeu o nome de "Entrada de cor” e é produto educacional da dissertação de mestrado da assistente social Raquel de Oliveira, com orientação do professor Rodrigo Bozi, no programa de pós-graduação em rede nacional, ProfEPT, iniciado em agosto de 2017. IMG 20190612 WA0062 720px

O documentário de 30 minutos aborda discussões atinentes à questão étinicorracial. A produção conta com depoimento dos alunos cotistas Carlos Aleandro Bezerra Santos, Victor Louhan Oliveira Santos, Nyckoll Hayanne Santos e Thaisa Andrade Barreto (aluna desistente), principais personagens do filme.

Segundo Raquel , o filme discute, junto aos estudantes cotistas sociorraciais, o terma da diversidade, enfocando o debate étinicorracial no IFS. Ela ressalta o apoio da Direção-geral do campus Aracaju , Diretoria de Educação a Distância (EaD) e a parceria de produção com os coletivos Sala de Reboco e Nós Negros, da Universidade Federal de Sergipe.

A exibição nos dias 12 e 13 de junho no campus Aracaju reuniu 80 alunos, os professores Ricardo Sérgio Gomes de Albuquerque (História) e Alysson Cristian Rocha (Sociologia), além da equipe de produção e elenco. IMG 20190612 WA0103 bA atividade foi realizada para validar o documentário junto à comunidade acadêmica e socializar a experiência de construção do filme.

Na roda de conversa, Raquel Oliveira falou sobre as suas motivações e hipóteses, enquanto os estudantes, personagens do filme, também expressaram como foi a experiência de participar do documentário.

O ESTUDO

O projeto se propõe a analisar o processo de acesso, permanência e êxito dos estudantes cotistas que entraram por cotas sociais e raciais no campus Aracaju do IFS. “Discutimos muito essa questão e buscamos saber como o 糵vem tratando esses estudantes cotistas”, explica Raquel.

IMG 20190612 WA0104 bO recorte para esta investigação foram os estudantes que ingressaram por cota no curso mais concorrido do ensino médio integrado, Informática, nos processos seletivos de 2016 e 2017. Além disso, o estudo buscou aqueles alunos cotistas assistidos pela Coordenadoria de Assistência Estudantil, CAE. No final, a amostra baseou-se em quatro discentes que participaram da pesquisa e das gravações.

Foram quatro meses, janeiro a abril, de planejamento e gravações e dois meses de edição. O material estará disponível para o público após a defesa da dissertação que poderá ocorrer no mês de agosto, mas a mestranda tem até outubro, como prazo final, para apresentar o seu projeto à banca examinadora.

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A pesquisa concluiu que o Instituto Federal de Sergipe, embora promova o debate sobre a temática atinente à questão étinicorracial , desigualdade e diversidade , tem um desafio pela frente: estabelecer uma política permanente para os alunos cotistas. “Percebemos o Instituto DSC 0451 b 800x533Federal de Sergipe muito tímido nessas discussões. Não existe uma ação específica. O 糵faz debates pontuais na Semana Nacional da Consciência Negra, por meio de iniciativas individuais de docentes de algumas disciplinas, mas não existe uma proposta efetiva”, ressalta a Raquel.

O estudo também discutiu a Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história da África e das culturas africana e afro-brasileira no currículo da educação básica, que completou 16 anos, mas que ainda não consta no plano político-pedagógico da maioria das instituições.

Após a defesa da dissertação e validação do documentário na banca, Raquel de Oliveira encaminhará o filme para depósito na Plataforma Educapes, que é o repositório oficial do Programa de ó-Ұܲçã em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT, e o material está disponível para quem quiser acessar. O repositório de pesquisa do 糵e a biblioteca do campus Aracaju também receberão uma cópia física do “Entrada de cor” para que seja utilizado pela comunidade acadêmica.

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