Festa natalina emociona comunidade acadêmica
A confraternização aconteceu na manhã do dia 10 de dezembro, no Campus Aracaju, reunindo professores, técnico-administrativos, colaboradores, alunos e convidados no clima de preparação para o Natal. O evento teve seu ponto alto no culto ecumênico que emocionou o público. A festa foi marcada também por momentos de alegria e descontração.
Promovida pela Direção Geral, com apoio do Sinasefe,e organizada pela Assessoria de Comunicação Social, a confraternização foi aberta pelo diretor-geral do Campus Aracaju, professor Elber Gama Ribeiro, que definiu o encontro como “um momento de reflexão e de respeito ao próximo, visando humanizar a convivência laborativa e abrandar as inter-relações e o clima organizacional por meio da aproximação com os mandamentos divinos”.
O culto ecumênico foi conduzido pelo frei Flaviano Oliveira Fonsêca (da Religião Católica), pastor Emanuel de Menezes Costa (da Religião Protestante) e da representante da Doutrina Espírita, Lísia Conceição Ferreira Fontes.
O significado do Natal
No culto ecumênico, Lísia Fontes destacou a importância do Evangelho, falou a respeito das tradições natalinas, enfatizou os desafios da humanidade e pregou o amor e a caridade. “Vamos armar a árvore, sim, montar o presépio de barro em casa, tudo isso é tradição. Até o Papai Noel é bem-vindo, sabendo ele que não rouba a cena porque o grande aniversariante do mês é o Nazareno.Vamos acender o pisca- pisca, mas vamos pensar na necessidade de acender também essa luz interna em nós”.
Para ela o desafio do cristão é saber que pode começar a acender centelhas de luz em suas relações. “De que me vale uma árvore linda, luminosa, decorada, se eu não me esforço em fazer com que o Evangelho, que é a árvore da vida, fale nas minhas ações. O mestre não espera perfeição imediata de ninguém, mas o empenho em fazer com que essa árvore da vida deixe sombra por onde passar. Vamos oferecer sombra aos que se cercam de nós, mas não somente aos amigos e queridos porque é muito fácil amar os que nos amam. É isso que o Evangelho nos ensina, a fazer além”, disse Lísia.
“Que cada coração seja também essa manjedoura onde o Nazareno possa repousar e nos ajudar a ressurgir, só assim é possível uma união entre nós que somos todos irmãos”, defendeu. “A maior tentação das nossas vidas é a acomodação, deixar tudo como está, simplesmente porque é mais fácil.Todos nós podemos expandir em amor e advogar pelo outro”.
Mensagem de esperança
O Pastor Emanuel leu trechos da Bíblia para falar sobre o episódio do nascimento de Jesus. “O Natal fala daquele que veio para nos salvar, nos livrar dos nossos pecados. Jesus veio para ser um divisor de águas, a história se divide em antes e depois de Cristo Jesus. A Bíblia diz que Jesus veio naplenitude do tempo, daí a razão porque nem precisamos saber o dia específico que Jesus nasceu, basta que tenhamos a lembrança, que comemoremos, pois a sua existência é tão superior e gloriosa que independe de qualquer registro em cartório. Jesus veio na plenitude do tempo por amor a nós, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, pregou.
Ele recorreu diversas vezes ao Evangelho para que o público pudesse refletir sobre a importância de Jesus em suas vidas. “Somos carentes da Sua misericórdia; porque Ele, somente Ele, é quem nos dá a nossa real identidade de criados por Deus, para o louvor da sua ұó. Em meio a esse mundo de horror nós temos uma esperança, o Evangelho da graça do nosso Senhor Jesus Cristo. Nós precisamos celebrar o Natal de Jesus porque somos devedores a levar adiante a mensagem da salvação, porque só Ele salva”.
Antes de falar no nascimento de Jesus, frei Flaviano recordou vários fatos do Evangelho e destacou a importância de Maria, que ao dizer “sim” ao anjo Gabriel aceitou Jesus em seu ventre. “Quando o anjo anunciou à Maria, era o próprio Deus fazendo uma solicitação ao ser humano para que ele pudesse revelar-se próximo de nós”, disse.
“Maria ficou grávida, deu à luz, evento esplêndido, acontecimento inconteste, um menino nos foi dado, portanto transporta-se para esse fato que aconteceu dois mil anos atrás, tão somente transportarem-se para esse mistério, nos dá condições de sentirmos as emoções que o Natal pode trazer para cada um de nós”.
Para frei Flaviano o Natal é o momento em que o cristão se aproxima dos mistérios de Deus. “Sendo Deus onipresente (presente em tudo), onisciente (sabe de tudo), e onipotente (tem todo poder), ele desce de toda a sua majestade e resolve tornar-se um de nós na sua porção mais frágil, que é uma criança. Só uma mãe sabe da fragilidade e instabilidade de um recém-nascido, do risco que uma criança corre. O autor sagrado diz: Ele está no meio de nós. E é verdade, não é uma frase de efeito, é um fato histórico. o Natal é acima de tudo mergulhar nesse mistério. Deus fez por nós o que nenhum ser humano faria por outro”.
O representante da Igreja Católica também lembrou que esse é o Ano Santo Jubilar da Misericórdia. “Natal cristão é olhar para a necessidade de quem quer que seja”, concluiu.
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Ao final do culto ecumênico, as pessoas estavam visivelmente emocionadas. “Dos ensinamentos trazidos nas falas de cada representante religioso aqui presente, em especial sobre a essência do natal, fica claro que Jesus não nasce apenas no dia25 de dezembro, ele nasce todo dia! E a cada dia somos convidados a permitir seu nascimento dentro de nós. Só depende de nós! Aproveitemos então para rever, perdoar, agradecer e refazer as pontes de nossas vidas. As palavras aqui proferidas nos dão novo ânimo, esperança , confiança para que reavivemos a vontade de prosseguir na nossa caminhada pedagógica, social e humana”, disse o diretor-geral Elber Gama.
Depois dos discursos, todos se uniram para uma oração de agradecimento. Canções religiosas foram interpretadas pelo cantor Ewerton Melo, com acompanhamento do tecladista Anderson Vitório. Também se apresentaram o músico Daniel Freire, ao piano, e a mezzo-soprano Gildete Aragão. O instrutor Jadiel Cardeal dos Reis apresentou dois números de dança de salão.
O evento contou com a participação da pró-reitora de Extensão Ruth Sales, que representou o reitor Ailton Ribeiro. Para a relações públicas do Campus Aracaju, Rosemary Aragão Cabral, que esteve à frente da organização, a confraternização foi especial porque além de promover o congraçamento, “possibilitou vivenciarmos o verdadeiro sentido do Natal”.
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