O INPI concede primeira Patente Verde ao IFS
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu, no dia 15 de setembro, a primeira Patente Verde do Instituto Federal de Sergipe, intitulada "Substrato agrícola para produção de mudas e implantação de jardins". A invenção trata de uma composição agrícola tipo substrato com aproveitamento do resíduo sólido da construção civil tipo "A", misturado com fertilizante e outros materiais e é fruto do trabalho do grupo de pesquisa "Projeto, Paisagem e Sustentabilidade", liderado pela professora Jânia Reis Batista.
O projeto foi submetido ao Programa Patentes Verdes do INPI, por meio Núcleo de ԴDZçã Tecnológica do Instituto Federal de Sergipe (NIT/IFS), em 15 de fevereiro de 2012. O programa do INPI visa o exame dos pedidos que possuem o objetivo de contribuir para as mudanças climáticas globais e acelera o exame dos pedidos de patentes relacionados às tecnologias voltadas para o meio ambiente. Com esta iniciativa, o INPI também possibilita a identificação de novas tecnologias que possam ser rapidamente usadas pela sociedade, estimulando o seu licenciamento e incentivando a inovação no país.
A concessão antecipada dessa patente, além de proteger e incentivar a criação, permite ao 糵e aos inventores a garantia adicional para demonstrar a viabilidade de retornos em pedidos de investimento para implantação da criação.
A Pesquisa
A pesquisa foi desenvolvida com a intenção de buscar uma solução para um sério problema ambiental observado no estudo das atividades dos floricultores de Boquim. Segundo a professora Jânia, responsável pelo projeto, a maioria dos produtores de plantas ornamentais enchia os sacos de mudas com o solo, quando na verdade deveriam usar um tipo qualquer de substrato. Porém, utilizar os substratos disponíveis no mercado era economicamente inviável para os produtores.
A inovação surgiu da utilização do RCC, resíduo sólido da construção civil, como matéria-prima para esse novo substrato. O Grupo de Pesquisa, integrante do Programa PIBITI da Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão do instituto e responsável pela invenção, além de solucionar o problema dos floricultores, inovou programando uma utilização para esse resíduo que, nas cidades brasileiras, tornou-se um grande problema para a administração pública, devido à enorme quantidade gerada e à falta de espaço ou soluções que absorvam toda essa produção.
A patente concedida ao 糵torna possível a produção desse composto pela indústria de substratos ou por cooperativas de reciclagem. "A possibilidade de produção em grande escala, com uma tecnologia que contribuirá com a sustentabilidade ambiental, fundamenta-se na abundante existência de sua principal matéria-prima, pois é fato que o descarte de RCC acontece até em pequenos núcleos urbanos. O novo substrato provavelmente fará com que o custo de produção seja menor do que os substratos industrializados já existentes no mercado", esclareceu a professora Jânia Batista.
Novas patentes
O instituto almeja que a nova patente incentive aos seus pesquisadores, principalmente os participantes do Programa PIBITI, a depositarem novos pedidos de patente no INPI, pelo Programa Patentes Verdes, e estimule o licenciamento de tecnologias verdes e a inovação no país.
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