Dezessete projetos do 糵são classificados na 1ª fase do programa Startup Nordeste
Apoio institucional visa incentivar inovação entre estudantes e transformar ideias em negócios sustentáveis
O desejo de empreender está em alta entre os brasileiros. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2023), realizada pelo Sebrae e Anegepe, ser dono do próprio negócio já é o terceiro maior sonho no país, atrás apenas de viajar pelo Brasil e conquistar a casa própria. Esse anseio se reflete nos números: são 42 milhões de pessoas engajadas em atividades empreendedoras, contribuindo para a formação de um ecossistema cada vez mais robusto. Em Sergipe, estado com uma população relativamente pequena, o número de empreendedores não fica para trás. O estado contabiliza 267.156 pessoas que, movidas por oportunidade ou necessidade, decidiram abrir suas próprias empresas. Entre elas, está Vinicius Conceição Ferreira dos Santos, aluno do Instituto Federal de Sergipe – Campus Lagarto. Aos 22 anos e no sétimo período do curso de Engenharia Elétrica, Vinicius viu seu interesse pelo empreendedorismo crescer significativamente desde que ingressou na instituição. “Esse desejo cresceu com as experiências que tive no IFS, onde vi a possibilidade de unir tecnologia e inovação para desenvolver soluções para necessidades reais”, conta ele.
Para Vinicius, a experiência no 糵não só despertou seu interesse pelo mundo dos negócios, como também ofereceu ferramentas e suporte para que ele pudesse explorar essa vocação. No Laboratório de ԴDZçã e Criatividade (Labic), Vinicius trabalha no desenvolvimento de um sistema autônomo que utiliza visão computacional para seguir rotas em ambientes controlados, pensado para cadeiras de rodas motorizadas. “A vivência no Labic tem sido enriquecedora, pois aprendi muito sobre interação de sistemas e a importância do trabalho em equipe, e me apaixonei pela área de tecnologia assistiva”, explica o estudante, que vê o Startup Nordeste como uma oportunidade de dar maior visibilidade ao seu projeto. “Espero que o projeto evolua e que tenhamos uma oportunidade de apresentar nossa solução em uma escala maior. Desejo alcançar visibilidade e um maior apoio para seguir com as inovações que estamos criando”, completa.
Acompanhamento de perto
A trajetória de Vinicius no Labic contou com a orientação da professora Stephanie Kamarry Alves de Sousa, responsável por orientar sete dos dezesseis projetos classificados na primeira etapa do Startup Nordeste. “No Labic, trabalhamos com projetos de pesquisa voltados para inovação e impacto socioambiental, e alguns desses projetos já vinham sendo desenvolvidos no laboratório”, conta Stephanie. “Para a inscrição no Startup NE, o desenvolvimento dos sete projetos foi intensivo e colaborativo, combinando pesquisas preliminares, prototipagem e discussões de viabilidade.” A professora destaca que essa primeira etapa é apenas o começo de um processo mais longo: os projetos e startups do 糵seguirão para uma segunda fase, na qual os 80 mais bem avaliados avançarão para o programa de aceleração. Em uma última seleção, serão definidos os 60 projetos e startups que continuarão recebendo capacitações, mentorias especializadas e a Bolsa Sócio Empreendedor no valor de R$ 6.500 mensais por um período de 6 meses.
Além da intensidade do desenvolvimento, Stephanie ressalta os desafios enfrentados durante as etapas iniciais. “Os principais desafios incluíram adaptar as tecnologias às limitações locais e conciliar o desenvolvimento dos projetos com o tempo disponível, tanto dos estudantes quanto o meu, considerando nossas outras atividades acadêmicas”, comenta. Superando esses obstáculos com mentorias focadas e testes constantes, ela acredita que a experiência no Startup Nordeste ampliará o aprendizado dos estudantes. “A experiência no Startup Nordeste será transformadora para os alunos, proporcionando insights e habilidades práticas que vão muito além da sala de aula”, explica Stephanie, enfatizando que essa vivência prepara os estudantes para o mercado real e fortalece a competitividade de seus projetos.
E o 糵já colhe frutos dessa visão empreendedora. Entre as experiências de sucesso, o Labic conta com dois projetos que se transformaram em empresas e hoje caminham de forma independente: a Nyquist e a Protótipo Maker. Fundadas por ex-alunos e alunos atuais do IFS, ambas surgiram como projetos no laboratório e alcançaram reconhecimento no mercado. A Nyquist, por exemplo, foi apoiada na edição anterior do Startup Nordeste e conquistou o segundo lugar no programa de aceleração Delta-V, recebendo uma premiação de 30 mil reais. Já a Protótipo Maker, atualmente participante do Programa Catalisa, continua a expandir seu alcance e maturidade no mercado, mostrando o impacto duradouro da cultura de inovação promovida pelo IFS.
Incentivo à cultura empreendedora
Para José Augusto Andrade Filho, diretor de inovação e empreendedorismo do IFS, identificar e desenvolver o potencial empreendedor dos alunos é uma missão central da instituição. “O Startup Nordeste está diretamente alinhado às diretrizes de ԴDZçã e Empreendedorismo do IFS, pois ambos visam fomentar a criação de novas empresas e fortalecer o ambiente de inovação em Sergipe”, afirma Augusto. Ele explica que o Instituto tem investido em parcerias estratégicas, como a do Sebrae e da Fundação de Apoio à Pesquisa e à ԴDZçã Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec), que oferecem capital e conhecimento essenciais para o desenvolvimento de ideias inovadoras. “O Sebrae traz vasta experiência em cultura empreendedora, apoiando micro e pequenas empresas em todos os aspectos da gestão, enquanto a Fapitec fornece capital semente fundamental para que esses novos empreendimentos iniciem sua jornada”, completa.
O 糵está comprometido em manter um ambiente acolhedor e propício para o empreendedorismo, tanto para alunos quanto para os servidores interessados em inovar. “O principal resultado é a criação de novas startups e, posteriormente, apoiá-las por meio da da Inov@糵Incubadora”, explica Augusto, destacando que os caminhos institucionais para incentivar alunos com ideias inovadoras incluem a atuação da Diretoria de ԴDZçã e Empreendedorismo, que auxilia na proteção da propriedade intelectual e no desenvolvimento de modelos de negócio. “Queremos formar uma geração de empreendedores que possam contribuir para o desenvolvimento de Sergipe e do Brasil”, finaliza o diretor, que reforça o compromisso do 糵com a valorização do potencial inovador de sua comunidade acadêmica.
Startups classificadas na 1ª fase do programa Startup NE:
• Vê aí – Chirlaine Gonçalves – Campus Aracaju
• DeBike – Thiago Remacre – Campus Aracaju/âԳ
• AgroLineConstat – Alessandro Fonte – Campus âԳ
• Eixocivil – Hamona Novaes dos Santos – Campus âԳ
• Agro Inova – Diego Gama – Campus âԳ
• Take Eat – José Aprígio Carneiro Neto – Campus Itabaiana
• Plaorthe: próteses e órteses sustentáveis – Wanusa Centurión – Campus Itabaiana
• Ada – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• Accessim – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• Caixa Mágica – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• CleanBoiler – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• Easyride – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• Manisobra – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• Aquafeed – Stephanie Kamarry Alves de Sousa – Campus Lagarto
• VrineEco – Valéria – Campus São Cristóvão
• MPE+Sustentável – Sandra Rocha – Campus Socorro
• VrineEco - Valéria – Campus São Cristóvão.
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