Seleção por análise de histórico torna processo mais inclusivo e econômico no IFS
Nas últimas seleções, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) alterou a forma de receber estudantes para os seus cursos. Em vez da tradicional aplicação de provas, o candidato tem sido submetido à avaliação através da análise do histórico escolar. O novo procedimento implica a eliminação de cobrança de taxa de inscrição em processos seletivos, possibilitando que pessoas de todas as classes sociais tenham a oportunidade de estudar em uma instituição como o IFS, que oferece ensino gratuito e de qualidade.
Números fornecidos pela Diretoria de Assuntos ês (DAA) do 糵comprovam que a adoção da análise do histórico escolar como forma de selecionar estudantes tem um forte apelo econômico, crucial no momento de ajuste e contingenciamento pelo qual o país vem passando. Somente no último vestibular para os cursos de nível superior, a redução de custos atingiu foi de mais de 50%.
Com a aplicação de provas, seriam investidos cerca de R$ 291 mil; na modalidade atual, o valor gasto girou em torno de R$ 57 mil. Foi essa redução de custos viabilizada pela seleção por análise do histórico escolar que permitiu a gratuidade das inscrições dos candidatos. Além disso, a nova forma de seleção de alunos privilegia o conhecimento comprovado ao longo do tempo e torna mais simples e econômico o processo avaliativo que dá acesso à instituição.
É importante destacar que essa não é uma inovação apresentada apenas pelo IFS. A seleção com base no histórico escolar já foi introduzida como forma de seleção em institutos federais de diversos estados do país, a exemplo do Piauí (IFPI), do Catarinense (IFC) e do Acre (IFAC).
Vantagens
A pedagoga Deise de Assis, lotada na Assessoria Pedagógica (AsPed) do Campus Aracaju, ressalta dois fatores positivos na atual forma de seleção. Para ela, medir o conhecimento adquirido ao longo do tempo, fruto da avaliação em diversos exames, é mais adequado do que medir apenas o nível do aluno em uma avaliação. “No dia da prova, esse aluno pode não estar bem psicologicamente e isso certamente vai influenciar em sua nota”, explica Deise.
Outro aspecto positivo apontado pela pedagoga no processo seletivo por análise do histórico escolar é a possibilidade de incluir socialmente alunos de todas as redes de ensino. “Ao analisar o histórico, nós temos a chance de observar o tipo de aluno que o candidato foi na sua escola e selecioná-lo por isso”, comenta Deise, assinalando ainda que um aluno durante toda a sua vida estudantil já vem sendo avaliado pelas instituições as quais passou.
Oportunidades
Para os alunos que não se saíram bem no Ensino Médio, o 糵dá ainda outras oportunidades de ingresso aos cursos de nível superior. As vagas ofertadas em todos os campi são distribuídas igualmente entre o processo de análise do histórico escolar e o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), do Ministério da Educação (MEC), que cria uma lista classificatória baseada nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A pró-reitora de Ensino, Sandra Pinto Alvarenga, explica que o 糵não mede esforços para realizar uma seleção cada vez mais justa para os candidatos e para a própria instituição. “Hoje existe uma comissão trabalhando para pensar melhor os editais, estipulando pesos para as disciplinas, por exemplo. Estamos pensando e repensando todo o processo, a fim de elaborar o melhor edital para atender à comunidade”, afirma.
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