Cerca de 15 mil pacotes de absorventes higiênicos serão distribuídos para estudantes em vulnerabilidade socioeconômica
A ação vai beneficiar 1.268 estudantes assistidas pelo PRAAE, com cada aluna recebendo 12 pacotes — quantidade suficiente para aproximadamente um ano de uso.
Estudos realizados no Brasil apontam que cerca de 60% das adolescentes e jovens já deixaram de ir à escola ou a outros locais por não terem condições financeiras de adquirir absorventes higiênicos. Essa realidade afeta a frequência escolar e o bem-estar das estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para enfrentar esse problema, o Instituto Federal de Sergipe (IFS), por meio da Diretoria de Assuntos Estudantis (DIAE), iniciará neste mês de setembro a distribuição de absorventes higiênicos para alunas cadastradas no Programa de Assistência e Acompanhamento ao Educando (PRAAE).
Serão entregues cerca de 15 mil pacotes de absorventes, adquiridos pela Reitoria. A ação beneficiará 1.268 estudantes, com cada aluna recebendo 12 pacotes—quantidade suficiente para aproximadamente um ano de uso. Os campi contemplados são Aracaju, âԳ, ұó, Itabaiana, Lagarto, Poço Redondo, ʰDZá, São Cristóvão, Socorro e Tobias Barreto.
Segundo a diretora de assuntos estudantis, Luciana Bitencourt Oliveira, a ação foi planejada após o relato de diretores de campus sobre os casos de ausência ou desistência de estudantes por falta de condições para adquirir absorventes. "O objetivo é que o período do ciclo menstrual ocorra de maneira digna e íntima. A oferta gratuita de absorventes já é uma iniciativa significativa, considerando a mudança de comportamento que observamos entre as estudantes", destaca a diretora.
A distribuição de absorventes busca promover a saúde menstrual entre as estudantes e está alinhada com as políticas e valores do 糵em relação à inclusão e ao apoio discente. Para os próximos anos, a instituição avalia a possibilidade de dar continuidade à ação. "O Governo Federal lançou o Programa Dignidade Menstrual, disponível para mulheres entre 10 e 49 anos que não têm acesso a esse item fundamental. Estamos avaliando a continuidade dessa ação, pois existem casos de mulheres que não são contempladas pelo programa", conclui Luciana.
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