Painel sobre ensino de línguas abrem segundo dia de Fórum de Internacionalização
Palestras e mesa redonda trataram sobre contextos históricos e relatos de experiências no ensino de línguas
A programação do turno da manhã desta quarta-feira, dia 22, da segunda edição do Fórum de Internacionalização dos Institutos Federais do Nordeste, foi marcada por painel específico sobre ensino de línguas no processo de internacionalização dos Institutos Federais. Comunidade acadêmica e convidados ouviram e discutiram sobre a língua e os processos culturais de colonização e descolonização, além de relatos de experiência no ensino de línguas.
Frederico Chaves, assessor de Relações Internacionais do IFS, destaca a importância de se discutir a temática deste painel do Fórum e a troca de experiências sobre iniciativas de sucesso em cada instituto. “São pontos de extrema importância para a nossa formação e nossa reflexão tanto da comunidade interna como externa: entender o processo decolonial e sua relação com o ensino de línguas e descobrir como é realizado o ensino de línguas em outros institutos federais”, explica.
O primeiro palestrante do dia foi Igínio José Rivera Moreno, da Universidad Nacional Experimental Simón Rodríguez da Venezuela, que mora no Brasil há 5 anos e foi aluno pelo 糵do Curso de Português como Língua Adicional (PLA). Igínio tratou sobre a língua e os processos culturais de colonização e descolonização, ressaltando a importância de se discutir a temática quando se trata da internacionalização no ensino. “Não é somente uma ação técnica de domínio de uma língua, é um contexto de como pensamos o país, como pensamos o futuro do país e como nos reconhecemos. Então esse pensamento tem a ver com nossa identidade cultural e é necessário compreender esse contexto para uma interação em nível continental”, destaca.
A seguir, foi realizada a mesa redonda ‘Relatos de experiência sobre o ensino de línguas no processo de internacionalização dos IFs do Nordeste’. No fórum, a professora Valéria Maria Oliveira Santana e Graziela Gonçalves de Moura falaram sobre a oferta de cursos de idiomas no IFS, relatando também a experiência com o curso de Português como Língua Adicional (PLA). “Nós ofertamos cursos de espanhol, cursos de inglês, que são abertos para a comunidade interna e externa, que são cursos de idiomas que têm bastante procura, e também enfatizar o curso PLA, que é o Português como Língua Adicional, que tem como público alvo imigrantes e refugiados. Então, é uma oferta que ela é de grande responsabilidade social, é um curso que promove a transformação de vidas, porque temos uma possibilidade de proporcionar oportunidade para que essas pessoas em situação de refúgio, para que imigrantes possam melhor se ambientar.
Outro ponto da mesa redonda foi o relato de experiência da empresa Altissia Idiomas no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), por Andréa Ribeiro. “São resultados excelentes, nós já estamos com eles há dois anos e está se mostrando um projeto promissor de ensino de línguas 100% digital que facilita a aprendizagem por não precisar de deslocamento e oferecer com qualidade o conteúdo para toda a instituição. A plataforma conta com 25 idiomas, 36 línguas de interface, além de teste de nível. E ela vem ali para ajudar o aluno ser autônomo em seu próprio estudo”, ressalta.
Os participantes também assistiram a uma apresentação do Circo Rueda, da Venezuela.
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