Em sua 4ª edição, IFSTAR consagra estudantes sergipanas como vencedoras
Iniciativa do IFS, o festival tem ao longo dos anos revelado talentos da música do estado
Fotos: Thiago Santos
O palco da área externa do Museu da Gente Sergipana ficou pequeno para o talento, animação e musicalidade dos participantes da grande final do maior festival estudantil de música autoral do estado: o IFSTAR, realizado na noite de ontem, 05. Em mais uma iniciativa em benefício da sociedade sergipana, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) mostrou que a arte também é um dos seus pilares de atuação, reforçando que o festival veio para ficar!
Do rock ao forró, a noite memorável marcou de alguma forma não apenas a vida dos 12 finalistas, mas também da plateia, que vibrou, torceu e se emocionou a cada canção. Ao final das apresentações, o tão aguardado resultado: um pódio formado por três meninas/mulheres que se entregam à arte e sonham com a música como carreira profissional. São elas: Morgana Nunes, Roberta Lima e Joanna Correia.
Antes de apresentar a história das grandes estrelas da noite, é importante dizer que o IFSTAR é um evento feito a muitas mãos. Inicialmente começou “tímido”, em 2018, no Campus Lagarto, a partir da idealização dos professores: Ricardo Ariel, Wlamir Soares e Mauro José dos Santos. Hoje mais “maduro”, o festival passa a ser uma ação da Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex), contando com uma comissão, que ao longo dos últimos meses esteve empenhada para o brilhantíssimo das apresentações de ontem.
James Bertisch estreou tendo a missão de comandar os trabalhos da comissão e também ser diretor artístico do evento. Ele, que é servidor do 糵no cargo de regente, explica que o grande desafio foi trabalhar a configuração instrumental dos 12 artistas para que se pudesse dar uma estrutura interessante para eles se sentirem confortáveis durante o show. “A estrutura de som de qualquer evento é complicada, mas em festival de música é ainda mais difícil, devido a essa diversidade entre um artista e outro, e que acaba sendo um grande desafio para nós que estamos nos bastidores”, explica o regente.
Cada um dos participantes da noite foi avaliado por um júri formado por especialistas que representassem cada elemento analisado nas composições. James detalha que componentes como letra, música e performance estiveram entre os indicadores de avaliação.
“Tivemos a honra de ter aqui hoje uma cantora representativa do estado, que é a Winnie Souza; uma professora de canto e chefe do departamento de Música da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aline Soares; Daniel Freire, que é maestro e servidor da nossa instituição; e por fim, o professor Luiz Eduardo Oliveira, que é um profissional renomado das Letras”.
Cultura inserida no tripé
Como uma instituição de educação profissional e tecnológica, o 糵tem como base o tripé indispensável ao processo educacional: o ensino, a pesquisa e a extensão, e a cultura está intrínseca a esses três elementos. “Trabalhamos também de forma transversal a inovação para formação cidadã, por isso não podemos esquecer as artes”, enfatiza a reitora do Instituto, Ruth Sales.
A gestora reforça a grandiosidade do evento para o estado e lembra que hoje o IFSTAR é o único festival de música estudantil e autoral de Sergipe. “Estamos em nossa quarta edição e a nossa ideia é crescer cada vez mais a cada ano, abraçando esses jovens que fazem parte da rede pública e privada. É nosso compromisso com a cultura sergipana: dar continuidade a esse evento e investir ainda mais para seu sucesso”.
Consagração de estrelas
Um pódio formado exclusivamente por mulheres. Cada uma com seu estilo musical, presença de palco e entonação. Morgana Nunes, Roberta Lima e Joanna Correia levaram para casa não apenas os prêmios de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente, mas a experiência de apresentar sua arte autoral e participar do maior festival de música estudantil de Sergipe.
E falando em experiência, a primeira colocada e estudante de Psicologia, Morgana, com a música: “Melhor a dois”, é veterana quando o assunto é IFSTAR. Ela participou de todas as edições, conquistando o primeiro lugar em três delas. A música faz parte de sua vida desde a infância, tanto que a artista já teve a oportunidade de integrar o time de crianças do programa global: The Voice Kids.
“Participar deste festival é sempre uma honra para mim. Tenho essa influência musical dos meus pais, então foi algo natural que foi se desenvolvendo desde a infância. Hoje trouxe uma música que fala do amor e do quanto é importante deixar a pessoa que se ama viver, curtir suas experiências, mas em um dos trechos eu digo que é sempre bom viver a dois. Então ela fala desse lado do amor do acalento”, revela a cantora, que ainda contou que pretende utilizar o prêmio para investir em sua carreira.
Em segundo e terceiro lugares ficaram: Roberta Lima e Joanna Correia. Além da paixão pela música, elas têm em comum o inicio dessa relação com a arte na igreja, participando de corais e de eventos religiosos
Roberta, que é doutoranda em Letras da UFS, apresentou ao público um ritmo marcante no nordeste: o forró, através da canção: “Xote de Floripaju” - tendo uma letra reflexiva que trata nas entrelinhas sobre a rixa estabelecida entre as regiões sul e nordeste durante o período eleitoral devido às questões ideológicas. “Na verdade mesmo, a letra desta música veio porque me apaixonei por alguém de Florianópolis, então nada melhor que ‘Floripa’ e ‘Aju’ para fazer esse neologismo cantando nesse ritmo gostoso que é o xote”.
Com apenas 17 anos, Joanna, aluna do curso técnico integrado de Química da UFS, carrega grandes influências não só musicais, mas também nas artes plásticas. Sua música: “Com amor, Vicent”, traz uma homenagem ao pintor Vincent Van Gogh. “Toda a glória de Van Gogh veio postumamente. É um artista que tem uma história muito bonita, que não foi valorizado em vida, assim como acontece com muitos. Então entendi que seria a melhor figura para nos representar, como artista, independente do eixo”.
Após o resultado, elas garantem que o sentimento no momento é o de gratidão. “Sem dúvidas! Gratidão ao reconhecimento de nosso trabalho autoral”, ressalta Roberta. “Passamos por um processo lindo que não se limitou ao dia de hoje, então posso dizer que me sinto muito feliz e só tenho a agradecer a toda a equipe do IFSTAR”, diz Joanna.
Além do prêmio em dinheiro para as vencedoras, os participantes ganharão a produção de um EP especial do IFSTAR 2023. Em breve, o Departamento de dzܲԾçã (DCOM) do 糵disponibilizará no canal oficial do Instituto, no Youtube, um DVD com os melhores momentos do festival e entrevistas exclusivas com os artistas feitas no backstage (bastidores). AGUARDEM!
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