Intimidação sistemática na escola: você deve evitar
Seja qual for o seu cargo ou vínculo na escola, saiba que evitar e coibir situações vexatórias constantes entre alunos é, sim, função sua
Professor efetivo ou substituto de qualquer disciplina. Técnico administrativo em qualquer nível e área. Terceirizados. Bolsistas. O que eles têm em comum? No âmbito do Instituto Federal de Sergipe, são profissionais de educação. Diante de um cenário em que a intimidação sistemática (bullying) alcança níveis elevados e cada vez mais devastadores na vida de opressor e vítima, é importante não fingir apenas que não é com você. Especialmente quando o ambiente em que está ocorrendo é o escolar.
De acordo com Carla Storino, psicóloga do IFS, o Governo Federal implementou a Lei 13.185/2015 para instituir o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, que serve como fundamento para que as instituições de ensino planejem as suas ações. “Após tomarmos conhecimento de alguns casos na escola, agimos. Reunimos profissionais dos campi, aliados a autoridades que atuaram por meio de palestras e montamos, por meio de comissão, uma força-tarefa para instituir o programa no IFS”, ressalta.
Em fase de finalização, o Programa de Combate à intimidação Sistemática do 糵ainda passará pela aprovação do Conselho Superior e, a seguir, serão trabalhadas uma série de atividades nos campi. Porém, você pode – e deve – agir desde agora. “Não somente o professor, mas também os outros profissionais da educação podem identificar a agir em situações de bullying. Em caso de presenciar uma agressão verbal, por exemplo, questionar ao agressor o porquê de ter feito”, orienta a psicóloga.
O principal é ficar atento aos sinais para, a depender do caso, orientar tato vítima como agressor (que pode ter desenvolvido o comportamento devido a alguma opressão a ele) ou mesmo buscar ajuda junto a profissionais como pedagogos e psicólogos. Em hipótese nenhuma replique fomente (concordando com a agressão ou por meio de gestos), nem fofoque sobre e muito menos se omita.
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De acordo com Vera Trindade, pedagoga do IFS, o programa será benéfico porque vai estimular a boa convivência entre os que fazem a instituição. “Aqui encontramos pessoas de todas as classes, condições físicas, cores de pele, sexo, orientação sexual, posição política e religião. Precisamos conviver da melhor forma possível com todos, em harmonia. Somente assim o processo de ensino e aprendizagem pode fluir melhor”, ressalta.
A intimidação sistemática pode ser classificada como:
VERBAL
insultar, xingar e apelidar pejorativamente diretamente a pessoa.
MORAL
difamar, caluniar, disseminar rumores com outras pessoas.
SEXUAL
assediar, induzir e/ou abusar.
SOCIAL
ignorar, isolar e excluir.
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perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar.
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socar, chutar, bater.
MATERIAL
furtar, roubar, destruir pertences de alguém.
VIRTUAL
depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
Matéria originalmente publicada na edição de julho do jornal A PRÉVIA
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