Doações de cestas básicas e itens de higiene seguem no IFS
Nas últimas semanas, a corrente do bem chegou a famílias de alunos dos campi Lagarto, Socorro e ұó
Por César de Oliveira e Carole Ferreira da Cruz
Recentemente, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) anunciou a abertura de licitação para a compra de itens alimentícios que serão doados aos estudantes da educação básica da instituição que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Enquanto o processo licitatório não é finalizado, servidores continuam mobilizando doações em prol das famílias dos alunos que tiveram a renda da casa prejudicada em função da pandemia da Covid-19.
As doações, que incluem alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal e limpeza doméstica, vêm acontecendo desde quando a pandemia chegou a Sergipe e causou uma reviravolta na fonte de renda de diversos trabalhadores informais e autônomos. Como muitos estudantes do 糵são de famílias cujo sustento reflete esse perfil, servidores de diversos campi se sensibilizaram e iniciaram campanhas para minimizar o impacto.
Segundo o professor Márcio Lima, um dos organizadores da campanha no Campus Lagarto, a tendência é que as doações só cessem quando a calamidade de saúde pública passar ou se as cestas que serão distribuídas pela Reitoria abrangerem todos os alunos listados por ele e pela equipe de apoio. Lá, a iniciativa já contabiliza 153 cestas entregues a famílias de alunos vulneráveis que não estão cadastrados no Programa de Assistência e Acompanhamento ao Educando. “Sinto gratidão por ter participado de um movimento dessa importância. Me sinto muito emocionado ao saber que valeu a pena todo o esforço enviado para atenuar as consequências nocivas desse momento em que vivemos. Sinto também enorme alegria em saber que existem colegas sensíveis e prontos a ajudar o próximo”, comentou o docente.
Ұپã
No Campus Socorro, os alunos contemplados com as 77 cestas já doadas estão cadastrados no PRAAE, mas em virtude da gravidade da situação, também receberam apoio de toda uma rede formada por servidores e amigos. A Chefe de Gabinete do campus, Suzaneide da Conceição, comenta que, ao receber a ajuda, a reação dos familiares varia entre certa timidez e uma evidente gratidão. “Pensar no sofrimento do outro e ir verificar in loco nos faz valorizar ainda mais o esforço desses jovens para estar presentes no ambiente escolar, que em muitos casos é bem diferente de seus próprios lares”, refletiu a servidora, destacando que, assim como no Campus Lagarto, agora em maio foi realizada a segunda leva de doações.
Já no Campus ұó, a campanha surgiu a partir de uma provocação do diretor e em meio a outras iniciativas, como a fabricação de máscaras de tecido para pessoas carentes de maneira geral. No caso das cestas, as doações já contabilizam 30 entregas e, além de alunos da instituição, foram estendidas a ex-funcionários de empresas terceirizadas do campus que atualmente estão desempregados.
Segundo o Assessor Pedagógico, Luciano Ferreira, à frente da campanha, os estudantes contemplados estão num grau severo de vulnerabilidade socioeconômica, de modo que a ajuda permitirá que o dinheiro, a ser usado para itens básicos de alimentação e higiene, agora possa ser destinado a outras despesas essenciais.
“Reconhecer a necessidade dessas ações não nos torna melhores, mas mostra que estamos passando juntos, em menor ou maior intensidade, por esse momento de dificuldade”, comentou o servidor. Ele ressalta que o sentimento de empatia é predominante e afirma contundente: “No meu trânsito pelos setores do campus e em conversas com os alunos fico sabendo de ações individuais feitas em silêncio e longe dos holofotes por pessoas que a gente nem imagina”, revelou.
EPIs
O Campus Tobias Barreto realizou no dia 21 de maio a doação de 40 escudos faciais produzidos pelo 糵para o Presídio Regional Juiz Manoel Barbosa de Souza. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) serão utilizados pela equipe de saúde do presídio e pelos demais agentes que têm contato direto com os mais de 400 internos da unidade. As doações de protetores faciais, máscaras, álcool a 70%, sanitizantes e desinfectantes têm sido feitas desde o final de março a comunidades pobres, entidades filantrópicas, unidades de saúde e instituições públicas de todo o estado.
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