Visita a comunidade indígena promove reflexão sobre cidadania e valores culturais
No Dia do Índio, alunos dos cursos de Física e Sistemas de Informação do Campus Lagarto foram a Porto da Folha conhecer a comunidade tradicional Xokó
Foram mais de 160 km. Uma viagem um tanto cansativa, mas bastante compensatória, de acordo com Claudeny Avelino, aluno do bacharelado em Sistemas de Informação do 糵– Campus Lagarto. Para a maior parte dos discentes, foi a primeira experiência, o primeiro contato, com aquele tipo de comunidade, motivo pelo qual o dia 19 de abril de 2018 ficará marcado em suas biografias enquanto estudantes, enquanto profissionais, enquanto pessoas. Trata-se da visita técnica feita por alunos do Campus Lagarto à comunidade indígena Xokó, localizada na Ilha de São Pedro, em Porto da Folha, no sertão sergipano. A visita foi coordenada pelas professoras Ana Júlia Chaves, Alessandra Monteiro e pela assistente de alunos Claudiana dos Santos, como atividade das disciplinas Educação e Diversidade, Educação e Cidadania e Política e Gestão Educacional, ministradas para alunos dos cursos de Física e de Sistemas de Informação.
O grupo foi recepcionado pela esposa do cacique da comunidade, Danielle, a qual apresentou o modo de vida de todos ali e abriu um espaço de diálogo entre os visitantes e o líder da tribo. A chegada e habitação daquela região, há quase 40 anos, as leis que regem a convivência entre eles, o processo educativo das crianças, tudo isso foi matéria de conversa entre alunos e servidores de um lado e o cacique do outro. O diálogo com comunidades tradicionais como essa é, na verdade, um diálogo como nossa história, é uma forma de conhecermos mais de nós mesmos, de nossa formação. Para Claudiana dos Santos, “atividades desse nível são indispensáveis para a plena formação dos discentes, enquanto espaço para aguçarmos o valor da cultura indígena e, com isso, mobilizarmos uma série de conhecimentos que corroboram para a formação sócio-histórica dos alunos do Campus Lagarto”, ressalta a servidora.
Durante a visita, foi possível notar, por exemplo, como aspectos que não são originalmente da cultura indígena podem ser agregados a ela para garantir sua existência em harmonia com o meio e com os demais povos. É o caso de uma unidade do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) existente na comunidade, o que atesta a presença do estado em um ambiente no qual, em um primeiro momento, ele pode parecer estranho, mas onde atualmente ele é essencial para a construção de uma cidadania plena. Para o aluno Claudeny Avelino, esse perfil de visita técnica é essencial para alunos de cursos voltados para o setor tecnológico, pois “muitas vezes esquecemos que por trás das máquinas estão seres humanos e que em cada ser humano existe uma história”, finaliza o discente.
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