SNCT do Campus São Cristóvão: convite à pesquisa e difusão da história
Inaugurado Centro de ѱó Benjamin Constant
A 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada em todo país na última semana, trouxe ao Instituto Federal de Sergipe (IFS)- Campus São Cristóvão os professores:
Dr. Josenito Oliveira Santos, Dr. Jorge Carvalho do Nascimento e Dr. Joaquim Tavares da Conceição. Em pauta, o Bicentenário da Ciência no Brasil e as ѱós do Campus São Cristóvão: Patrimônio e Preservação. Uma oportunidade de provocar o diálogo acerca da história e fomento da produção científica em Sergipe e em todo o país, além de retratar as memórias e contribuições do Campus São Cristóvão no segmento.O evento de abertura culminou com a inauguração do Centro de ѱó Benjamin Constant.
A temática da SNCT proporciona percorrer a cronologia da produção científica no país e a desconstrução de alguns conceitos. “O tema do evento nos leva a falsa ideia de que o desenvolvimento da ciência no Brasil se dá com a independência. Estudos historiográficos apontam que desde a ‘invasão’ portuguesa em 1500, encontram-se relatos de viagens exploratórias, com registros de nossa fauna e flora; estudos sobre a cultura e língua indígenas, observações astronômicas realizadas pelos jesuítas”, destaca Marco Arlindo Nery, diretor-geral do Campus e pesquisador em Educação.
De acordo com Érica Moraes, Coordenadora de Pesquisa e Extensão do IFS- São Cristóvão, a programação foi construída com o objetivo de garantir aos participantesuma contribuição significativa no que se refere à ciência e inovação. “A SNCT representa uma oportunidadepara a população brasileira conhecer e discutir os resultados, a relevância e os impactos da pesquisa científico-tecnológica e suas aplicações” explica.
Debates
O Dr. Josenito Oliveira Santos – SecretárioMunicipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho de São Cristóvão – ao ministrar acerca do Bicentenário da Ciência no Brasil, discorreu sobre a importância das agências de fomento que incentivam a pesquisa nacional. Assegura que,a partir dos investimentos em prol da pesquisa e inovação, o país se tornará forte economicamente, sobretudo, por meio da exportação de diversas tecnologias genuinamente brasileiras. Para isso, afirma, são necessários três pontos essenciais: capital humano, recursos financeiros e projetos estratégicos.
Ele apontou, ainda, as personalidades que impulsionaram o desenvolvimento científico brasileiro, entre eles, o sergipano Maurício Graccho Cardoso – fundador do atual IFS- Campus São Cristóvão, com origem no Patronato São Maurício.
Com 98 anos de atividade ininterrupta, o Campus São Cristóvão representa uma parte importante da história da educação no estado. A preservação do patrimônio é essencial para manter ativa as memórias da instituição. Sobre o assunto, em uma mesa-redonda mediada por Marco Arlindo Nery, debateram oDr. Jorge Carvalho do Nascimento e o Dr. Joaquim Tavares da Conceição – autores dos livros ‘ѱós do Aprendizado’ e ‘A pedagogia de internar’, respectivamente.
Os pesquisadoresabordaram a relevância de salvaguardar oacervo documentalvisando a difusão de informações de interesse histórico. Concordam que a conservação e a exposição devem auxiliar estudiosos interessados pelo tema, bem como despertaro interesse dos jovens, tornando-os multiplicadores doconhecimento.
Concebido a partir da tese de doutorado da pedagoga Aristela Arestides, com o intuito de resgatar, preservar e difundir as memórias do Campus São Cristóvão, o Centro de ѱó Benjamin Constantfoi inaugurado na última quarta-feira. A exposição ‘As tecnologias de ensino na trajetória histórica do IFS- Campus São Cristóvão’ conduz o visitante por uma viagem no tempo. “O espaço será um lugar permanente que preserva e expõe o acervo documental com fins histórico-culturais”, salienta.
Resultado de amplo trabalho de pesquisa, o espaço dispõe de uma diversidade de documentos, imagens e equipamentos que retratam os recursos utilizados pelos professores e estudantes nas aulas. Ademais, uma linha do tempo exibe parte da vasta história institucional.
O Dr. Jorge Carvalho do Nascimento e o Dr. Joaquim Tavares da Conceição foram entusiastas do projeto, entendem que a preservação e a história caminham juntas. “A criação é fruto do compromisso firmado com o meu orientador Joaquim Tavares da Conceição. Percebi que parte do acervo documental sobre a instituição se encontrava no porão do Campus com necessidade de uma acomodação adequada. Outra parte do acervo, constituída de mobiliários, estava dispersa pela instituição”, descreve Aristela.
A exposição celebra ainda os 98 anos do Campus. A entrada é gratuita.
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