Último dia da SNCT é marcado por premiação de trabalhos e apresentações culturais
Pesquisa, extensão, arte e cultura se somaram em três dias do evento que integrou comunidade acadêmica de todos os campi do IFS
Por Najara Lima
Três dias de evento, 172 trabalhos submetidos, 132 aprovados (uma taxa de 76,7% de aceitação), 78 artigos, 54 resumos, inúmeras palestras, mesas-redondas, mostras de projetos, apresentações de música, dança, artes visuais. Alunos, técnicos administrativos e professores envolvidos em um evento que marca o calendário acadêmico do Instituto Federal de Sergipe (IFS): a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Durante o encerramento da SNCT 2024, na última quarta-feira, 4, o pró-reitor de Pesquisa e Extensão do IFS, José Osman dos Santos, na ocasião também representando a reitora, Ruth Sales, que está em viagem institucional a Brasília, agradeceu o empenho de toda a comunidade acadêmica para a realização do evento. “Também gostaria de parabenizar todos os autores dos trabalhos, tanto os de pesquisa quanto os de extensão. Fiquem atentos, pois na próxima semana a Propex lançará os editais de extensão e é importante que vocês inscrevam seus projetos, para receber o incentivo financeiro e fortalecer ainda mais a SNCT em 2025”, destaca o professor.
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No último dia da SNCT 2024, foi realizada a cerimônia de premiação do 1º e 2º melhor trabalho em cada área temática, tanto na pesquisa quanto na extensão. Hannah Victória Santana Bittencourt, aluna do 6º período do curso de Tecnologia de Alimentos do Campus São Cristóvão, foi premiada com o 1º lugar na categoria Resumo da área temática Ciências Agrárias, com o trabalho “Caracterização físico-química de vinhos apreendidos visando o seu reaproveitamento na produção de geleias”.
Ela conta que o ano de 2024 foi bastante desafiador, pois marcou o seu primeiro contato com a pesquisa, como bolsista do edital 糵Sustentável e que, por isso, ficou muito surpresa com a premiação. “Ganhar um prêmio na SNCT significa muito, não só pra mim; como mulher trans, preta e periférica, eu represento muitas mulheres que ainda estão excluídas do processo de escolarização. Por mais que eu passe por dificuldades, sempre tento encontrar um caminho, e esse caminho é o da educação, que tem transformado a minha vida”, declara Hannah.
Gabriella Luz, cujo nome nativo é Anhangá, é aluna do 8º período do curso de Ciências Biológicas do Campus São Cristóvão. De origem tupinambá, ela também ficou bastante surpresa ao ser premiada com o 1º lugar da área temática Ciências Humanas com o projeto “Povos indígenas na preservação do bioma Mata Atlântica: reflexões sobre práticas tradicionais e sustentabilidade ambiental”.
Participando pela primeira vez da SNCT, Anhangá ressalta a importância da premiação para o seu povo. “Pra mim, esse prêmio é muito significativo, pois estou aqui representando os povos originários, os povos indígenas desse país, na luta pela preservação dos biomas brasileiros, tanto a fauna quanto a flora. Isso prova que nós, povos indígenas, também podemos estar presentes na ciência”, destaca.
Arte e cultura
Durante o último dia de SNCT 2024, foram realizadas diversas apresentações artísticas e culturais. Alunas de canto do programa Culturart IFS, coordenadas pela professora Késia Rodrigues, marcaram presença no evento, assim como o grupo de cordas do IFS, sob a regência do maestro Daniel Freire, e o coral CantIFS.
O encerramento contou, também, com a exposição da feira de economia solidária e a apresentação do projeto Aula Xou, coordenado pelo professor Gilvan Costa Santana e apoiado pelo edital ArtCult, vinculado à Propex. O projeto é composto por quatro grupos e envolve os municípios de Aracaju, Japaratuba e Laranjeiras, destacando representações folclóricas sergipanas, como o reisado, o parafuso e a dança de São Gonçalo.
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